Portas Abertas • 6 jul 2023
Além da pobreza, a falta de liberdade religiosa prejudica cristãos locais (foto: David Stanley)
Comores é um país formado por um arquipélago de três ilhas na Costa Oriental da África. É uma nação pobre, jovem e de maioria muçulmana sunita. Por 28 anos, Comores foi uma colônia francesa, mas, no dia 06 de julho de 1975 conquistou a independência. Apesar da maior autonomia, a nação enfrenta uma instabilidade política desde 2002.
A pobreza é um dos maiores desafios de Comores. Quase um quarto da população vive em extrema pobreza, ou seja, possui renda inferior a 1,90 dólar por dia, sendo incapaz de comprar comida suficiente para ingerir o mínimo de nutrientes necessários em uma dieta de 2.200 calorias por dia. A falta de liberdade religiosa também é um problema que pressiona os cristãos locais.
O governo favorece o islamismo, na sociedade civil, na educação e na administração do país há uma forte pressão de islâmicos conservadores. A maioria dos meninos até sete anos são obrigados a estudar em escolas islâmicas e decorar o Alcorão e as autoridades já declararam publicamente que não há liberdade religiosa para os comorenses.
Apenas estrangeiros podem praticar a fé cristã, desde que o façam em ambientes privados. Qualquer cristão visto pregando é multado e sentenciado a prisão por até um ano. A maioria dos cristãos no país são de origem muçulmana que, por terem abandonado o islã para seguir a Jesus, são discriminados, vítimas de abusos verbais e psicológicos e pressionados intensamente para abandonar a fé em Jesus.
As mulheres cristãs de origem muçulmana solteiras são entregues em casamentos forçados e podem ser deserdadas. Já os homens cristãos, são ainda mais oprimidos, pois Comores é uma sociedade matriarcal, onde todas as documentações e processos dependem da família da esposa. Por isso, quando os homens se tornam cristãos podem enfrentar divórcio e serem discriminados no trabalho.
Vale lembrar que Comores esteve entre as dez primeiras posições da Lista Mundial da Perseguição (LMP) nos anos 1990 e entre os vinte primeiros colocados por vários anos depois disso. Depois de passar um tempo na Lista de Países em Observação, em 2023 voltou a ser um dos cinquenta países mais perigosos para os cristãos por causa do aumento da pressão do governo local e das comunidades sobre os cristãos, além do aumento nas denúncias de ataques violentos, inclusive de grupos extremistas islâmicos.
Pedidos de oração
© 2025 Todos os direitos reservados