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Em Comores, a religião oficial é o islamismo e compartilhar qualquer fé que não seja islâmica é proibido. Qualquer estrangeiro suspeito de proselitismo pode ser deportado, enquanto cristãos locais que pregam o cristianismo podem ser processados. A adoração cristã (e qualquer forma de adoração não islâmica) não pode ser realizada em público. Os cristãos só podem adorar legalmente em três igrejas designadas. Cristãos de origem mulçumana enfrentam uma pressão significativa, assim como qualquer pessoa encontrada em posse de materiais cristãos.
Nura (pseudônimo), cristã de Comores
Mulheres e meninas cristãs enfrentam risco de sequestro e casamento forçado, principalmente em suas comunidades. As cristãs de origem muçulmana são socialmente isoladas e hostilizadas e podem ser deserdadas, devido à vergonha que sua conversão traz sobre a família. Isso as coloca em desvantagem financeira, frequentemente levando a pobreza e sofrimento.
A mulher casada que se converte pode ser obrigada a se divorciar devido às pressões familiares e comunitárias. Mulheres e meninas cristãs são especialmente vulneráveis ao tráfico humano.
Cristãos de origem muçulmana frequentemente dependem da família estendida e carecem de independência. Assim, a família exerce uma pressão extrema para forçá-los a retornar ao islamismo. Eles podem ser discriminados na família, sofrer abusos verbais e, em alguns casos, até serem privados de alimento. Muitas vezes, suas esposas são pressionadas a se divorciar deles e a expulsá-los de casa.
Cristãos também enfrentam discriminação no local de trabalho e em processos de recrutamento. Se não conseguem encontrar emprego devido à fé, eles não conseguem sustentar a famíliaa e tornam-se cada vez mais dependentes das mulheres, que geralmente detêm os recursos financeiros.
O governo também monitora as atividades cristãs e impõe restrições legais rigorosas a qualquer religião que não seja o islamismo sunita. Isso torna a pregação cristã, o treinamento de líderes da igreja e a publicação de materiais cristãos extremamente difíceis. Como a maioria dos líderes de igreja em Comores são homens, essas restrições afetam predominantemente os cristãos do sexo masculino.
A Portas Abertas trabalha com parceiros locais para fortalecer a Igreja Perseguida nas ilhas do Leste Africano por meio de discipulado e projetos de desenvolvimento socioeconômico.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidade.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos em Comores são: opressão islâmica e paranoia ditatorial.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos em Comores são: líderes religiosos não cristãos, cidadãos e quadrilhas, parentes, oficiais do governo.