Cristãos esfaqueados no Egito

Pai e filho foram vítimas da onda de ataques a cristãos egípcios

Portas Abertas • 16 ago 2022


Os cristãos foram atacados enquanto trabalhavam em Gizé, nos arredores do Cairo (foto representativa)

Os cristãos foram atacados enquanto trabalhavam em Gizé, nos arredores do Cairo (foto representativa)

No dia 28 de julho, Joseph Israel, de 70 anos, estava sentado no lado de fora da loja que ele e o filho administram em Gizé, Egito, quando um homem se aproximou e o esfaqueou repetidamente. O filho dele, Emil, correu para socorrer o pai, mas foi esfaqueado também. Pai e filho foram levados às pressas para o hospital com ferimentos graves. Ahmad Mohamed Salah, de 43 anos, responsável pelo ataque, foi preso no mesmo dia. 

Joseph e Emil já receberam alta e estão se recuperando em casa, mas Joseph ainda sente muita dor. “Ele levou mais de 30 pontos por causa das facadas no pescoço”, disse Emil ao portal de notícias World Watch Monitor. 


A loja dos cristãos fica em uma rua movimentada no estado de Gizé e não é bem aceita por alguns vizinhos muçulmanos. Há pouco tempo, a loja foi invadida e saqueada e, no ataque recente, Emil reconheceu o responsável pelo ataque, que já tinha circulado na região, provavelmente premeditando a agressão.
 


Emil estava dentro da loja quando viu Ahmad esfaqueando o pai: “Quando corri para tentar parar o ataque, Ahmad começou a me esfaquear”. Vizinhos cristãos e muçulmanos se juntaram e entregaram Ahmad para a polícia.Ele foi detido e deve aguardar o julgamento na prisão, enquanto as investigações continuam.
 


Testemunhas próximas afirmaram que Ahmad faz parte do movimento extremista islâmico
Islamist Muslim Brotherhhod (Irmandade Muçulmana), que procura prejudicar comércios de cristãos, entre outras ações. A família de Ahmad alegou que ele tem uma doença mental, uma estratégia de defesa muito usada e que, quando comprovada, resulta em sentenças brandas. 


Onda de ataques
 


O ataque a Joseph e Emil foi o mais recente de muitos outros ataques a cristãos no Egito neste ano.  Em fevereiro, um
líder cristão foi morto diante dos jovens que discipulava durante uma excursão do grupo à praia. Em abril, o cristão Rani Ra’fat foi morto na entrada do trabalho e, em junho o cristão Megali também foi atacado enquanto ia de moto para casa. Ele foi empurrado da motocicleta, esfaqueado e morreu por causa dos ferimentos graves. A cristã Mona, de 35 anos, foi atacada na área rural do Egito por um extremista islâmico com uma foice, mas sobreviveu.  


A animosidade dos extremistas islâmicos contra os cristãos é preocupante. Em todos os casos citados, observou-se que as mídias sociais têm transmitido mensagens de líderes e grupos extremistas que incentivam a jihad (luta islâmica contra a influência do Ocidente) e imposição da sharia (conjunto de leis islâmicas).
 


A maioria dos casos ficam sem julgamento adequado. O governo chega a organizar sessões de reconciliação entre vítimas e agressores, mas na prática isso só abranda as sentenças dos perseguidores que, ao sair da prisão, voltam a atacar e matar cristãos no Egito.
 

 
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As igrejas históricas no Egito e no Oriente Médio são referência do cuidado e da ajuda do Senhor ao longo dos séculos. Por isso, se tornam alvo daqueles que querem eliminar o cristianismo da região. Por causa da pressão dos governantes e da sociedade contra elas, essas igrejas correm o risco de desaparecer. Sua
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