Portas Abertas • 10 ago 2023
A Arábia Saudita é um dos poucos países onde não existe nenhuma igreja (foto: Unsplash)
Não há leis específicas que proíbam manifestações cristãs na Arábia Saudita, como o sinal da cruz que o jogador português, Cristiano Ronaldo, fez ontem ao comemorar o gol durante a Copa dos Campeões Árabes. No entanto, é proibido aos nativos seguir outra religião que não seja o islamismo e o cristianismo só pode ser praticado por estrangeiros e de forma privada.
Atualmente, a Arábia Saudita ocupa a 13ª posição entre os 50 países da Lista Mundial da Perseguição 2023. É uma nação islâmica conservadora e um dos poucos países que ainda proíbem completamente a existência de templos cristãos. Nenhuma igreja oficial de qualquer denominação cristã é permitida.
Por isso, a fé é vivida de maneira secreta e, muitas vezes, de modo solitário no país. Todos os cidadãos sauditas supostamente são muçulmanos. Há poucos cristãos na região, sendo a maioria trabalhadores estrangeiros que moram na Arábia Saudita e alguns cristãos de origem muçulmana, ou seja, que deixaram o islã para seguir a Jesus.
Os estrangeiros podem apenas praticar a fé de forma privada. Já os cristãos de origem muçulmana podem ser sentenciados a pena de morte por apostasia do islamismo. Em ambos os casos, é proibido compartilhar a fé cristã com outras pessoas, por isso, gestos cristãos como o que fez Cristiano Ronaldo podem gerar sérias implicações.
Por ser um jogador reconhecido internacionalmente e até mesmo pelas tentativas recentes da Arábia Saudita em aparentar ser uma nação mais aberta, o gesto não resultou em nenhum tipo de punição até agora. Mas os cristãos que vivem no país continuam convivendo com a perseguição e suas restrições.
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