Portas Abertas • 8 jan 2015
A estimativa provém da análise de dados obtidos pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) para o período. Do número total, 1,4 milhão fugiram para o exterior e o restante foi deslocado internamente dentro de seus países de origem.
Nacionalidades
Pela primeira vez os sírios encabeçam a lista de ajudados pelo ACNUR, superando os afegãos, que foram mais numerosos por três décadas.
Com mais de três milhões de refugiados, eles representam 23% dos assistidos pelo órgão no mundo. Os palestinos refugiados no Oriente Médio não constam nos números, já que há outro órgão das Nações Unidas criado especificamente para se se ocupar deles.
Os afegãos, apesar de não serem os refugiados mais numerosos como foram outrora, são a nacionalidade que sofre com êxodos populacionais há mais tempo. Em terceiro lugar na lista, está a Somália, com 1,1 milhão de deslocados, seguida do Sudão (988 mil), Sudão do Sul (509 mil), República Democrática do Congo (493 mil), Mianmar (480 mil) e Iraque (426 mil).
Destinos
Segundo dados, o Paquistão, que abriga 1,6 milhão de afegãos, segue como o país que mais recebe refugiados, seguido pelo Líbano (1,1 mi), Irã (982 mil), Turquia (824 mil), Jordânia (737 mil), Etiópia (588 mil) e Chade (455 mil).
Líbano, Turquia e Jordânia sofrem, desde 2011, o impacto direto da guerra civil na Síria. Os governos dos três países abriram as portas para refugiados do conflito.
A situação mudou recentemente no Líbano, que agora impõe visto de entrada aos sírios.
Perseguição aos cristãos
Não coincidentemente, quase todos os países citados acima figuram na Classificação da Perseguição Religiosa, lista que relaciona 50 países segundo o grau de perseguição que os cristãos enfrentam. Sua atualização é feita considerando-se os acontecimentos e o ambiente religioso do país ao longo do ano anterior. Os dez países onde há maior pressão e violência para os seguidores de Jesus são: Coreia do Norte, Somália, Iraque, Síria, Afeganistão, Sudão, Irã, Paquistão, Eritreia e Nigéria.
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