Portas Abertas • 16 mai 2021
A tecnologia é uma grande aliada na hora de transmitir a mensagem de Cristo em países do Oriente Médio
Em tempo de pandemia de COVID-19 e aumento de perseguição aos cristãos, as redes sociais são aliadas no encorajamento dos seguidores de Jesus no Oriente Médio. Dessa maneira, os cristãos locais têm acesso aos conteúdos bíblicos e podem estar certos de que não estão sozinhos, mas fazem parte do corpo de Cristo espalhado pelo mundo.
Segundo Roger*, parceiro da Portas Abertas, a ideia era encorajar os cristãos na Síria e no Iraque que enfrentavam perseguição e precisavam se deslocar para garantir a sobrevivência. A iniciativa faz parte da campanha Esperança para o Oriente Médio, que já dura sete anos.
“Queríamos criar um sentimento de unidade e mostrar que os cristãos ao redor do mundo consideram os cristãos do Oriente Médio como parte da família e pensam e oram por eles. Isso dá aos cristãos do território a sensação de que não estão sozinhos ou esquecidos nas lutas”, explica o colaborador.
No início, em 2016, as mensagens eram enviadas diariamente por um aplicativo de celular. Cerca de 4.500 pessoas no Oriente Médio baixaram o aplicativo e recebiam o encorajamento por notificações que apareciam nas telas dos smartphones. Porém, o alcance das mensagens e interações eram limitadas por questões técnicas e dificuldade em divulgar o aplicativo na região.
Em 2017, a Portas Abertas criou uma página no Facebook com o mesmo objetivo e mais pessoas puderam ser alcançadas pelas mensagens bíblicas. Até agora, 38 mil pessoas curtiram a página e têm acesso a todo conteúdo postado nela. Já em 2020, foi criado um perfil no Instagram para que mais pessoas fossem impactadas. “Agora, após 4 anos, a campanha tem um alcance total de 7 milhões de pessoas, cerca de 1 milhão de indivíduos únicos”, revela Roger.
Apenas nos três primeiros meses de 2021, mais de 500 mil pessoas foram alcançadas, 239 mil no Iraque, 109 mil no Líbano, 28 mil no Egito e 17 mil na Jordânia. Porém, ainda há o desejo de alcançar a Síria, mas porque é proibida no país a publicidade no Facebook, a taxa de alcance é menor. “Mas ainda os alcançamos por meios alternativos, e tentamos alcançar os sírios que deixaram o país nos países vizinhos”, justifica Roger.
A interação com a página também é grande, já que teve 24 mil comentários e 10 mil compartilhamentos: “Recebemos centenas de mensagens, muitas expressando como as pessoas foram incentivadas pela página”. Alguns dos contatos eram pedidos de socorro, pois a situação dos cristãos no Oriente Médio é muito difícil. “Alguns pediram ajuda financeira ou para deixar os países e emigrar para a Europa ou outras nações ocidentais”, comenta o cristão.
Roger acredita que esse trabalho tem se tornado essencial para os seguidores de Jesus em países de maioria islâmica. “É importante continuar a encorajar os cristãos do Oriente Médio à medida que eles enfrentam dificuldades e lutas. Também é importante manter essa conexão entre as diferentes partes do corpo de Cristo”, finaliza.
* Nome alterado por segurança.
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