Portas Abertas • 2 jan 2023
Apesar da repressão e da perseguição, a igreja continua crescendo
No dia 1º de janeiro de 1959, Cuba vivia um momento marcante de sua história. Nessa data, Fidel Castro e Che Guevara derrubaram o então presidente Fulgêncio Batista através de um levante armado e iniciaram as mudanças políticas e socioeconômicas que moldaram a Cuba que conhecemos hoje.
A capital cubana, Havana, foi tomada uma semana depois e tornou-se a sede do governo socialista, hostil aos Estados Unidos e aliado à União Soviética. Desde então, o país foi estruturado como um Estado comunista, com uma nova Constituição e intensa repressão a todos que não aderem aos valores do Partido Comunista de Cuba.
Pregar o evangelho nesse contexto é desafiador. Apesar disso, muitos pastores permanecem no ministério com força e determinação e a igreja cristã continua crescendo.
O pastor Angel (pseudônimo) exerce seu ministério em Cuba há 40 anos. “Eu nasci em 1962, em um lar cristão. Meu pai era pastor em uma pequena igreja no estado de Pinar del Río. Sou o filho mais velho e tenho outros dois irmãos. A vida foi dura; crescemos em um período de grande escassez econômica e tensão social”, relatou o pastor.
Quando o pastor Angel nasceu, Fidel Castro estava no terceiro ano de governo. Castro já havia fechado igrejas, estatizado as propriedades, incluindo aquelas que pertenciam a organizações religiosas, e reprimiu os cristãos, forçados a se reunirem clandestinamente, em segredo.
“Quando tinha três anos, o governo prendeu meu pai porque ele era pastor.” O governo criou nos anos 1960 a Junta Militar de Fomento à Produtividade (UMAP, da sigla em espanhol), uma organização de recrutamento militar. Através da UMAP, pessoas eram enviadas para campos de trabalho forçado em diversas partes de Cuba, entre 1965 e 1968.
Muitos líderes cristãos foram recrutados para as brigadas militares, incluindo o pai de Angel. “Meu pai foi levado pela UMAP e permaneceu fora de casa durante três anos. Minha mãe estava desempregada nessa época, por isso fomos morar com meus avós. Ela precisou cuidar de mim e do meu irmão, duas crianças pequenas, sozinha”, conta Angel.
Para conhecer o restante da história de Angel e seu pai em Cuba, acompanhe nossas próximas notícias.
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