Portas Abertas • 17 out 2022
Desde setembro, o país enfrenta uma grande crise sociopolítica (foto: SabzPhoto em Flickr)
No último sábado, 15 de outubro, um tiroteio aconteceu na prisão de Evin, uma das mais conhecidas no Irã. Doze cristãos cumprem pena no local por praticarem a fé, entre eles estão Fariba Dalir, o pastor Joseph Shabazian, Sara e o marido, Homayoun, que tem doença de Parkinson e o conhecido pastor Yousef Nadarkhani.
Acredita-se que os disparos estão relacionados aos protestos que têm acontecido no Irã desde a morte da jovem Mahsa Amini, enquanto estava detida pela polícia da moral. Alguns vídeos da prisão foram compartilhados mostrando balas no ar e explosões enquanto manifestantes entoavam “Morte ao ditador!”.
Apesar de tudo que está acontecendo, o governo iraniano continua negando a situação e alega ser apenas uma instabilidade causada por “maus elementos”. Representantes do governo também disseram que a situação já está controlada, apesar dos rumores de que o caos ainda estaria longe de terminar. Os familiares não estão conseguindo notícias sobre os parentes presos em Evin e a internet da região parece ter sido cortada.
Foram confirmadas oito mortes devido à inalação de fumaça das explosões, e 61 feridos. Recebemos a confirmação de que os doze cristãos que estão na prisão estão bem e que alguns deles ajudaram a apaziguar o tiroteio.
A crise sociopolítica tem deixado muitas vítimas no Irã, com ao menos 240 iranianos mortos nos protestos e mais de oito mil presos. Esse é considerado o maior desafio do país desde a Revolução de 1979, que transformou o Irã na teocracia islâmica que é hoje. Apesar dos protestos pedindo o fim da República Islâmica iraniana, o alto comando do governo permanece intacto.
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