De acordo com os dados da Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2022, mais de 360 milhões de cristãos ao redor do mundo enfrentam altos níveis de perseguição e discriminação por causa da fé em Jesus. Os dados da pesquisa mostram um aumento de quase 6% em relação ao ano anterior e estimam que 1 em cada 7 cristãos no mundo enfrenta perseguição extrema, severa ou alta. Baixe o infográfico sobre a violência e entenda melhor o assunto.
Estes foram alguns acontecimentos que marcaram a Igreja Perseguida no último ano.
Na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2022, todos os 50 países pontuaram níveis de perseguição extrema e severa. Além dos 50 primeiros colocados da LMP, outros 26 países ficaram na Lista de Países em Observação, sendo cinco deles com mais de 61 pontos e outros 21 com mais de 41 pontos. A lista de países com perseguição extrema, que em 2021 contava com 12 países, diminuiu para 11: Afeganistão (1), Coreia do Norte (2), Somália (3), Líbia (4), Iêmen (5), Eritreia (6), Nigéria (7), Paquistão (8), Irã (9), Índia (10) e Arábia Saudita (11).
Desde 1993, a Portas Abertas trabalha para divulgar a Lista Mundial da Perseguição (LMP) com o número de cristãos perseguidos no mundo e mostra os territórios mais perigosos para um seguidor de Jesus. Em 2022, o Afeganistão assumiu a primeira posição da LMP, tirando a Coreia do Norte, que ocupava a colocação desde 2002.
Apesar das dificuldades enfrentadas pelos cristãos no Afeganistão, o nível extremo de violência não significa que todos os cristãos tenham fugido do país ou que a vida da igreja seja impossível. No entanto, isso não quer dizer também que a perseguição não possa piorar no Afeganistão ou que a situação na Coreia do Norte tenha melhorado.
Outra mudança importante está relacionada à Nigéria. Ano passado, o país entrou no Top10 da LMP e, neste ano, subiu mais duas posições, chegando ao 7º lugar. A violência e a insegurança avançaram por todo o país. Uma demonstração disso é que extremistas fulanis têm se estabelecido nas florestas do Sul, dificultando o acesso de agricultores cristãos as suas plantações. Os radicais também ameaçam meninas e mulheres cristãs.
Os dois novos países na LMP 2022 são Níger (33º) e Cuba (37º). Níger foi o país que mais subiu posições, o que se deve principalmente à pressão e à violência de extremistas islâmicos. Assim como no Mali e em Burkina Faso, grupos jihadistas expandiram suas áreas de influência. No passado, o Níger até era poupado de ataques de grupos radicais islâmicos e a igreja não era um alvo principal, mas isso mudou desde a LMP 2020. Também há conflitos em dimensões étnicas e religiosas. Essa situação de imprevisibilidade no país torna a pequena minoria de cristãos, de apenas 0,3%, muito vulnerável.
Já em Cuba, o regime ditatorial intensificou as ações contra líderes cristãos e ativistas que se opõem aos princípios comunistas, principalmente após as manifestações de julho de 2021. Entre as medidas do governo estão multas arbitrárias, vigilância intensa, recusa de licenças e vistos religiosos, prisões e abuso mental e físico.
Os dois países que ingressaram na LMP 2022 estavam na Lista de Países em Observação até o ano anterior e subiram muitas posições. O Níger subiu 21 posições, passando da 54ª para a 33ª colocação, e Cuba subiu 14, indo do 51º para o 37º lugar.
Entre os países que já integravam o Top50, o maior aumento, foi da Indonésia, que subiu 19 posições, deixando o 47º lugar e indo para o 28º. Isso se deu devido ao aumento na violência, principalmente por conta dos dois ataques mortais contra cristãos em Sulawesi em novembro de 2020 e maio de 2021.
Outros países que que já estavam no Top50 e merecem menção são o Catar, que passou do 29º para o 18º lugar, subindo 11 posições, e o Butão, que saiu do 43º para o 34º lugar, subindo 9 posições.
Os dados da LMP ajudam a direcionar o trabalho feito pela Portas Abertas. Por meio deles, é possível entender onde há maior perseguição aos cristãos e como trabalhar de maneira efetiva para ajudar os cristãos perseguidos e manter a igreja viva. Clique aqui e conheça alguns dos projetos.
Para o CEO da Portas Abertas Internacional, Dan Ole Shani, o nome de Deus é glorificado por meio da união dos esforços, tanto de nossa organização quanto de nossos parceiros: “Damos graças a Deus, por seu Espírito ter movido parceiros a responderem às necessidades da Igreja Perseguida com tal generosidade. Em um ano de restrições, o Senhor, mais uma vez, multiplicou nossos esforços como ministério e nos permitiu ter um impacto ainda maior para sua glória”.
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