De acordo com os dados da Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2023, mais de 360 milhões de cristãos ao redor do mundo enfrentam altos níveis de perseguição e discriminação por causa da fé em Jesus. Os dados da pesquisa estimam que um em cada sete cristãos no mundo enfrenta perseguição extrema, severa ou alta. Baixe o mapa e conheça os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos.
Veja os principais acontecimentos que marcaram a Igreja Perseguida no período de pesquisa da LMP 2023 (1 de outubro de 2021 a 30 de setembro de 2022).
Desde 1993, a Portas Abertas trabalha para divulgar a Lista Mundial da Perseguição (LMP) com o número de cristãos perseguidos no mundo e mostra os territórios mais perigosos para um seguidor de Jesus. Em 2023, a Coreia do Norte retorna para a primeira posição da LMP, lugar que ocupou desde 2002, com exceção de 2022.
Além da Coreia do Norte, outros sete países com perseguição extrema subiram de posição. A Somália passou do 3° para o 2° lugar, o Iêmen do 5° para o 3°, a Eritreia do 6° para a 4°, a Nigéria do 7° para o 6°, o Paquistão do 8° para o 7°, o Irã do 9° para o 8° e o Sudão do 13° para o 10°.
Entre os países que desceram de posição, a principal queda é do Afeganistão, que passou do 1° para o 9° lugar. Outra queda significativa foi a do Egito, que passou da 20ª posição na LMP 2022 para a 35ª na LMP 2023. Outros países que caíram de colocação foram a Líbia, que passou do 4° para o 5° lugar, e a Índia, que saiu do 10° para o 11°.
Os dois novos países na LMP 2023 são Comores (42º) e Nicarágua (50º). Comores teve um aumento da pontuação devido à elevação nos níveis de pressão exercida pelo governo e pela comunidade. O governo disse publicamente que não há liberdade religiosa para comorenses, mas apenas para estrangeiros que vivem no país. Qualquer cristão que for encontrado pregando será multado e enfrentará prisão por até um ano. Embora em um nível mínimo, a pontuação para violência também aumentou de 0,9 para 1,5.
Já a pontuação da Nicarágua subiu muito na LMP 2023, o que reflete a repressão do governo, que aumentou desde os protestos em abril de 2018. A igreja tem sido um alvo em especial, por causa da reputação de autoridade e legitimidade que possui no país. Represálias políticas incluem danos a igrejas, fechamento de faculdades e universidades cristãs, ONGs cristãs e estações de rádio e TV que pertencem a igrejas, prisões arbitrárias, e a expulsão de líderes religiosos do país. O objetivo dessas violações à liberdade religiosa motivadas politicamente é a intimidação dos cristãos a fim de silenciá-los e fazer a igreja e seus líderes perderem credibilidade entre a população.
Os dois países que ingressaram na LMP 2023 estavam na Lista de Países em Observação até o ano anterior e ambos subiram 11 posições. Comores passou da 53ª para a 42ª colocação e a Nicarágua foi do 61º para 50º lugar.
Entre os países que já integravam o Top50, o maior aumento foi de Cuba, que subiu dez posições, deixando o 37º lugar e indo para o 27º. Isso se deu já que o regime ditatorial do país intensificou suas táticas repressivas contra todas as atividades e líderes cristãos que se opõem aos princípios comunistas, principalmente após manifestações ocorridas em julho e novembro de 2021.
Outros países que já estavam no Top50 e merecem menção por terem subido nove posições são Burkina Faso, que passou do 32º para o 23º lugar, e Moçambique, que saiu do 41º para o 32º lugar. Além disso, a Colômbia subiu oito posições, deixando o 30º para o 22º lugar.
Os dados da Lista Mundial da Perseguição ajudam a direcionar o trabalho feito pela Portas Abertas. Por meio deles, é possível entender onde há maior perseguição aos cristãos e como trabalhar de maneira efetiva para ajudar os cristãos perseguidos e manter a igreja viva. Clique aqui e conheça alguns dos projetos.
Esses projetos beneficiam cristãos perseguidos em todo o mundo por meio de ações divididas em quatro frentes: distribuição de Bíblias e literatura cristã, treinamento bíblico, ajuda socioeconômica e ações institucionais (assistência jurídica, presença e pesquisa). De forma prática, ações como essas permitem oferecermos ajuda a 80 mil cristãos norte-coreanos. E esse trabalho só é possível devido ao apoio de milhares de parceiros, pessoas como você, que decidiram apoiar a causa da Igreja Perseguida.
© 2023 Todos os direitos reservados