Portas Abertas • 22 mar 2023
O julgamento foi concluído sete anos após o ataque (foto representativa)
Três homens egípcios estavam sob investigação como suspeitos do ataque a mulheres cristãs coptas idosas em 2016. No começo deste ano, eles foram absolvidos. A Suprema Corte do Egito arquivou o caso com base nos aspectos legais do caso. Os fatos não foram devidamente averiguados.
O veredito dessa audiência é definitivo, ou seja, não pode ser revogado ou questionado. A cristã Suad Thabet tinha 70 anos quando uma multidão de aproximadamente 300 homens atacou a comunidade cristã em Al-Karm, um vilarejo a 300 km da capital egípcia, Cairo.
Durante o ataque, Suad foi arrastada para a rua, agredida e despida. A violência foi uma retaliação por causa de rumores de que o filho de Suad teve um caso com uma mulher muçulmana divorciada. O marido de Suad, com 79 anos, Abdu Ayad, também foi agredido fisicamente.
Em junho de 2021, a Corte decretou a prisão de dez homens por participarem desse ato de violência sectário e pela destruição das propriedades dos cristãos. No entanto, além dos três agressores absolvidos recentemente, os outros envolvidos no ataque permanecem impunes.
“Esperei durante tanto tempo por justiça. Fui espancada e despida até ficar completamente nua. Eles incendiaram minha casa e nos expulsaram do vilarejo. Meus filhos não conseguiram ficar aqui depois dos ataques. Todos eles saíram do Egito. Apenas eu fiquei nesse país, esperando por justiça durante todos esses longos anos. Onde está a justiça? Estou chocada”, disse a cristã durante entrevista para um website.
O Egito ocupa o 35° lugar na Lista Mundial da Perseguição 2023 e registra um número considerável de ataques violentos contra cristãos. Em resposta ao veredito, a Iniciativa Egípcia de Defesa dos Direitos Humanos, uma ONG local, afirmou que a absolvição “reafirma as falhas do sistema judiciário e a discriminação religiosa entre os cidadãos. Isso encoraja os ataques sectaristas como esse e semeia a tolerância à violência contra as mulheres”.
Em países de maioria muçulmana, as mulheres são tratadas como seres inferiores. Elas precisam de discipulado bíblico para enxergarem o valor da nova identidade que há em Cristo Jesus. Doe!
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