Celebrando Jesus em sua terra natal

Apesar de ter fugido da invasão do Estado Islâmico, família volta para seu vilarejo, onde comemora o Natal

Portas Abertas • 22 dez 2022


A família de Mimi decidiu permanecer no Iraque mesmo diante da pressão das autoridades e comunidade para deixar o país

A família de Mimi decidiu permanecer no Iraque mesmo diante da pressão das autoridades e comunidade para deixar o país

No Iraque, o deslocamento interno é uma tática deliberada de perseguição religiosa para tentar varrer o país dos seguidores de Jesus e privar crianças cristãs de crescerem em sua cultura. Mas, com o seu apoio, cristãs como Mimi, de 12 anos, e a mãe, Nadia, encontraram nova esperança para permanecer no país.

Mimi tinha apenas 4 anos quando a perseguição a forçou a deixar a segurança da casa dos avós. Nadia, mãe de Mimi, conta a história. “Por volta de duas da manhã, extremistas do Estado Islâmico entraram na vila. Mesmo depois de tanto tempo, essas vozes continuam nos meus ouvidos. Acho que sempre lembrarei daquele momento, até morrer”, disse Nadia, tremendo. Mimi lembra apenas do medo que sentiu.


Assim que as vozes ficaram mais próximas, a família decidiu partir sem levar nada. O Estado Islâmico estava muito perto. Nadia relembra seu pior pesadelo: “Eu vi o rosto deles, eram assustadores. Estavam todos vestidos de preto, gritando ‘Allahu Akbar’ (que significa Deus é grande) de seus carros e empurravam pessoas com rifles”.


Uma multidão em pânico tentava fugir. Mimi e as irmãs choravam e gritavam perto da mãe. Para Nadia, um dos piores momentos foi ver as filhas pedirem por comida e água, mas não ter nada para dar. Depois de nove horas de viagem, estavam finalmente em segurança.


A decisão de continuar no Iraque


Conheça mais sobre Mimi


Em 2017, com a derrota do Estado Islâmico, a família de Mimi voltou para a Planície de Nínive. Porém a situação ainda era difícil e os pais dela tinham dificuldade para sobreviver. A única opção parecia ser deixar o país. Os avós de Mimi, assim como muitos outros, já haviam emigrado. Por serem cristãos, eram muito encorajados a partir. Ainda hoje, oficiais do governo e cidadãos questionam por que os cristãos continuam no Iraque. Além de não receberem ajuda frente à difícil situação econômica, há anos, milícias desapropriam terras de cristãos sem qualquer punição.

Apesar da família de Mimi querer ficar, precisava de uma oportunidade. “Nós queríamos viver no Iraque, mas cogitamos a emigração. Foi quando ouvimos falar sobre o microcrédito. Planejamos começar uma granja”, disse Nadia. E isso foi possível com o seu apoio. Agora Mimi tem um futuro no Iraque. A família começou sua granja e Deus a abençoou tanto que atualmente ela não apenas se sustenta, mas também ajuda outros funcionários a sustentarem as famílias. Mimi compartilha o que tem: quando sua galinha bota ovos que fecundam, os dá para que outras pessoas também tenham ovos para seu sustento.


“É tudo no espírito do Natal”, disse Mimi, enquanto ajuda a mãe a decorar a casa com uma estrela amarela. “Eu gosto de desejar às pessoas um feliz Natal e dar alguma coisa a elas para fazê-las felizes. Quando as pessoas estão felizes, Jesus está feliz. É o aniversário dele”, conclui a menina.


Abrigo para crianças

Muitas crianças são insultadas e agredidas por colegas e discriminadas por professores, vivenciando na escola sua primeira experiência de pressão e violência por serem cristãs. Mas ao irem para um abrigo cristão, crianças perseguidas pela fé estão seguras para estudar e viver o propósito de Deus. Doe e permite que uma criança receba moradia, alimentação, educação formal e religiosa em Bangladesh. Proporcione esperança neste Natal!

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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