Conheça os ritos tradicionais para viúvas da África Subsaariana

Assim que a mulher perde o marido é forçada a realizar todas as regras impostas por tradições de seu povo ou tribo

Portas Abertas • 17 out 2019


Cada povo ou tribo da África Subsaariana possui seus próprios rituais para viúvas

Cada povo ou tribo da África Subsaariana possui seus próprios rituais para viúvas

Após conhecermos a história de Leonie, uma viúva cristã que se recusou a participar de rituais tradicionais em sua tribo, na República Centro-Africana, apresentamos mais exemplos de ritos para viúvas realizados em outras áreas da África Subsaariana.

  • Comunidade Gbadjiri, da República Centro-Africana: a viúva é privada de refeições, água, roupas confortáveis e contato com o mundo exterior por um longo período. Ela é presa em um quarto onde deve olhar para a parede. Se precisar sair de casa, para ir ao banheiro, por exemplo, ela deve pagar uma taxa para que aqueles que a estão vigiando possam “facilitar” isso de acontecer. Durante todo o período de luto, ela deve dormir em folhas de arbusto ou em um tapete. As refeições são simples e desprovidas de qualquer luxo. A viúva não tem permissão para cumprimentar ou olhar nos olhos de ninguém. Quando o tempo designado por seus guardadores chegar, depois que um marido tiver sido escolhido, o banho ritual é planejado. A família do falecido paga uma quantia de dinheiro, como uma multa, antes do ritual começar. Eles trazem a viúva para a beira de qualquer lugar com água, bem cedo de manhã. Ela é baixada até a água e lavada. Então é levada para a casa do novo marido. Seus supervisores pegam a mão dela para introduzi-la às tarefas domésticas, como uma permissão para voltar à vida normal. Acredita-se que recusar o ritual deixa a viúva com uma loucura incurável.



  • Povo Yaka, na República Democrática do Congo: a família do falecido marido deve organizar o funeral. A viúva é despojada de tudo o que tem, incluindo suas roupas. Ela veste o que os vizinhos ou sua própria família dão, sempre roupas pretas. Ela deve raspar o cabelo e um pouco de pimenta é colocado nos olhos para que possa chorar sempre. Ela senta no chão até o marido ser enterrado. Após um período determinado, ela é lavada no rio para que, quando ela se casar novamente, sua viuvez não se repita. Neste momento, as roupas de viúva são removidas como sinal que a morte foi removida dela. Às vezes, a viúva é considerada uma bruxa e não pode participar do funeral do marido. A viúva deve casar com o irmão do marido, mesmo se este já for casado, ou então enfrentar o banimento. A recusa pode ser também um convite para ameaças dos parentes do marido e a perda de seus pertences.

  • Povo Moudang, no Chade: se a mulher está ao lado da cama do marido quando ele morre, ela deve permanecer lá até os pais trazerem um tapete muito pequeno para ela se sentar. A viúva é despida e apenas as partes íntimas são cobertas. Além disso, ela veste sapatos de couro. Duas cabaças brancas são colocadas ao lado dela, uma para beber água e outra para comer. A viúva permanece lá por três dias sem tomar banho. Ela não pode falar com ninguém, exceto com a pessoa que está cuidando dela. O cabelo é raspado e ela permanece no tapete por três meses. O novo marido tira as roupas de luto, depois de uma cerimônia. A viúva não tem direito de recusar. Se o fizer, tudo, incluindo os filhos, são tirados dela, além de ser expulsa. No caso de viúvas cristãs, pastores geralmente intervém e defendem a mulher para continuar na casa do falecido marido com as crianças. Mas os sogros com frequência reivindicam um pagamento pelo dote, já que ele encorajou a mulher a não casar.
  • Tribo Saramadjingaye, no Chade: há rituais parecidos, proibindo a viúva de usar qualquer ajuda financeira oferecida a ela enquanto está de luto. Se fizer ou comer refeições preparadas por conta do funeral, espera-se que ela fique doente e morra em alguns anos. Para evitar isso, ela deve ser banhada em um ritual.

A importância do discipulado


A Igreja Perseguida na África Subsaariana conta com você para ajudar cristãos locais a enfrentarem perseguição e alcançarem suas comunidades. Eles necessitam de entendimento bíblico, possível por meio do discipulado, para auxiliá-los a se consolidar e compartilhar o que aprenderam. O discipulado também os ajuda a lidar com a fé e saber como agir mediante a perseguição. Com uma doação, você permite que um cristão dessa região participe de discipulado durante 3 meses.

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