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A República Centro-Africana (RCA) está em conflito desde 2013, e a situação da perseguição mudou pouco nesse período. Muitas das facções (incluindo o grupo mercenário Wagner, da Rússia) foram acusadas de violações dos direitos humanos, embora agora controlem grande parte do país. O conflito resultou no deslocamento de milhares de cristãos, que perderam suas casas e meios de subsistência.
Os líderes cristãos que ousam denunciar publicamente a violência foram ameaçados e tiveram suas igrejas queimadas e saqueadas. Em locais dominados por grupos rebeldes, a comunidade cristã é alvo de ataques, como sequestro, assassinato e violência sexual. As milícias também forçam os cristãos a serem soldados.
Além da insegurança e da violência, os cristãos de origem muçulmana enfrentam exclusão e ataques de seus familiares imediatos e da comunidade local. Os seguidores de Jesus também correm o risco de discriminação no mercado de trabalho, casamento forçado e perda da guarda dos filhos.
Zakia, viúva na República Centro-Africana
O conflito que dura mais de dez anos e a instabilidade política na RCA significam que as mulheres cristãs podem ser vítimas de violência sexual, sequestro, tráfico e casamento forçado. A dificuldade econômica criou um ambiente em que os pais casam suas filhas em troca de dinheiro – e as mulheres cristãs que se casam com muçulmanos são forçadas a se converter ao islã.
As viúvas cristãs que têm muitos filhos, muitas vezes, se casam com homens muçulmanos para conseguir sustentar toda a família. As cristãs de origem muçulmana enfrentam pressão adicional.
Embora o país seja de maioria cristã, famílias e comunidades muçulmanas podem colocar meninas e mulheres em prisão domiciliar e impedi-las de conhecer outros cristãos. Elas também podem ser forçadas a se casar com um homem muçulmano ou perder a guarda dos filhos. Além disso, há relatos de que algumas mães cristãs são autorizadas a participar das igrejas locais somente se enviarem os filhos para a mesquita.
Quando as famílias cristãs são alvo de grupos extremistas, os homens podem ser mortos ou presos por causa da fé. Outros são raptados, forçados a lutar por grupos rebeldes ou utilizados como trabalhadores nas minas de ouro e diamantes.
Os líderes cristãos são alvo de ataques porque são vistos como pessoas que tentam converter as pessoas da comunidade. Os seguidores de Jesus também sofrem discriminação no local de trabalho e nas Forças Armadas. Em algumas partes da RCA, os líderes islâmicos dominam os mercados, controlam o comércio e cobram impostos maiores dos empresários cristãos.
A Portas Abertas trabalha por meio de parceiros locais para apoiar cristãos na República Centro-Africana com treinamento para resistir à perseguição, projetos de desenvolvimento econômico e cuidados pós-trauma.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos na República Centro-Africana são: opressão islâmica, corrupção e crime organizado, opressão do clã.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentos ou não violentos, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos na República Centro-Africana são: grupos religiosos violentos, redes criminosas, líderes religiosos não cristãos, líderes de grupos étnicos, cidadãos e quadrilhas, parentes.
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