Portas Abertas • 8 jul 2023
Mais de 6 milhões de pessoas se tornaram deslocados internos por causa da violência extrema
O Leste da República Democrática do Congo é palco de disputas entre mais de 100 grupos armados paramilitares há décadas. O cenário da violência permanece desgastando a nação e já gerou mais de 6,3 milhões de deslocados internos, a maior crise de deslocados internos em toda a África.
Apenas em 2023, a onda de ataques forçou aproximadamente um milhão de pessoas a deixarem suas casas. Se comparado a outubro do ano passado, houve um aumento de 17% no número de deslocados este ano, segundo dados da OIM, Agência da ONU para as Migrações.
Com pessoas tiradas de suas casas e terras de cultivo, a insegurança alimentar também aumentou. O Programa Mundial de Alimentação soou um alerta pelos mais de 25 milhões de pessoas que estão enfrentando a fome e precisam de ajuda este ano. É o maior número a nível internacional, que o porta-voz do programa chama de “exemplo clássico” da crise dos esquecidos.
A comunidade cristã no Leste da República Democrática do Congo continua a resistir ao impacto da violência perpetuada pelos numerosos grupos armados, incluindo militantes islâmicos. A atmosfera de insegurança permite que esses grupos realizem ataques diretamente contra os cristãos com sequestros, abusos sexuais e assassinatos.
No começo de junho, o grupo Forças Aliadas Democráticas (ADF, da sigla em inglês), aliado ao Estado Islâmico, matou ao menos doze pessoas no vilarejo de Bukokama, no estado de Kivu do Norte. Em entrevista à imprensa, um oficial do governo disse: “Eles arrombaram as portas e decapitaram pessoas com machados e facões”.
O mesmo grupo é suspeito pelo ataque que matou 37 estudantes em Uganda no dia 16 de junho. A maioria dos alunos mortos eram cristãos. Segundo o Conselho de Segurança da ONU, o grupo está expandindo os ataques em outros estados e além das fronteiras do país graças ao financiamento do Estado Islâmico e foi designado como uma Organização Terrorista Estrangeira pelo Departamento de Estado das Nações Unidas.
“Até o momento, parece não haver uma resolução viável para essa crise, pois o ciclo de violência permanece e os agressores continuam impunes. Os cristãos que ousam levantar suas vozes na região contra a injustiça e as atrocidades cometidas se tornam alvos prioritários dos perseguidores. Isso demonstra a vulnerabilidade e as dificuldades enfrentadas pela população cristã”, diz o analista da Lista Mundial da Perseguição da Portas Abertas.
A Portas Abertas atua na República Democrática do Congo desde 2016. Nossa missão é prover ajuda espiritual e emergencial para a Igreja Perseguida na região para que sobreviva à perseguição e continue cumprindo a grande comissão. Os projetos que acontecem na região atualmente são: cuidados pós-trauma, suporte socioeconômico e discipulado para líderes da igreja.
Por causa da fé em Jesus, mais de 360 milhões de cristãos são perseguidos. Você pode socorrer nossos irmãos em Cristo com uma doação que garante que eles recebam alimentos, remédios, Bíblias e cuidados pós-trauma.
© 2024 Todos os direitos reservados