Portas Abertas • 19 nov 2024
Cristão de origem muçulmana é acusado de evangelizar e fazer propaganda contra o governo do Irã (foto representativa)
O cristão Tomaj Aryan Kia foi condenado a dez anos de prisão pelos “crimes” de “propaganda contra a república islâmica por meio de evangelismo”, “colaboração com governos hostis (Israel, Reino Unido e EUA)” e “filiação a grupos antirregime”, em Karaj, no Irã. Após cumprir a pena, o seguidor de Jesus estará proibido de participar de qualquer grupo por dois anos.
De acordo com o site Mohabat News, o cristão de origem muçulmana apelou da decisão do juiz, mas o pedido foi negado. Então, ele apresentou outro recurso e aguarda uma resposta. Kia pode ter uma libertação temporária, desde que pague uma fiança no valor que equivale a 577 mil reais – uma quantia muito alta para casos que envolvem cristãos no país.
Em 2022, o cristão iraniano foi preso e teve a casa invadida por agentes de segurança, que apreenderam alguns pertences e Bíblias. Kia passou 28 dias preso na cela solitária e mais 40 na ala comum na prisão de Karaj. Porém, com o pagamento da fiança no valor equivalente a 433 mil reais ele aguardou a sentença em liberdade.
Segundo a organização Article 18, ele é o sexto cristão a receber uma sentença de dez anos de prisão, no mínimo. Em fevereiro, o cristão armênio Hakop Gochumyan foi condenado a ficar uma década preso e, em maio, Yasin Mousavi foi condenado a cumprir 15 anos em detenção.
Cristãos que evangelizam e que deixaram o islã para seguir a Jesus são considerados inimigos da República Islâmica do Irã, país em 9º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2024. Eles são monitorados, presos, torturados e condenados a longas penas por integrarem igrejas domésticas. Além disso, os cristãos são vistos como traidores da identidade nacional e apoiadores de países ocidentais e Israel, o que torna o exílio uma opção para viver a fé cristã com mais liberdade.
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