Portas Abertas • 11 ago 2022
Apenas a prática da fé é suficiente para denunciar e prender um cristão na Coreia do Norte
O Comitê de Direitos Humanos da Coreia do Norte e a Associação Internacional de advogados (IBA, da sigla em inglês) afirmou em um relatório recém-publicado que “há indícios suficientes para concluir que crimes contra a humanidade foram e continuam sendo cometidos em larga escala” nos centros de detenção da Coreia do Norte. O relatório descreve como as prisões norte-coreanas apoiam o Estado na tentativa de eliminar qualquer ameaça à liderança do país ou à ideologia do país.
Em 2022, a Coreia do Norte deixou de ser o país número um da Lista Mundial da Perseguição 2022, não porque a situação tenha melhorado no país, mas porque a pressão no Afeganistão foi maior do que a relatada no país. “Desde 2021, as leis antirrevolucionárias aumentaram o número de cristãos presos e de igrejas domésticas fechadas, mantendo a pressão aos cristãos.”
Testemunhas disseram que a prática da religião é suficiente para as denúncias e prisões. No relatório, “um prisioneiro no Centro de Detenção Jip-kyul-so, no Norte do país, contou que quase 60% dos companheiros que estavam presos com ele eram refugiados cristãos que estavam escondidos na China buscando liberdade religiosa, mas foram encontrados em cultos, deportados e presos”.
Segundo o relatório, “as pessoas são presas sistematicamente sem julgamento, [ou seja, sem possibilidade de defesa] e são intencionalmente subjugadas a sofrimentos físicos e psicológicos, além da privação de direitos básicos na prisão”. Os cristãos são alvos especiais na prisão, ficam sob constante vigilância e recebem tratamentos piores durante a detenção.
Os períodos de detenção documentados foram mais longos para os cristãos do que para outros grupos, e testemunhas relataram que “os que se identificam como cristãos são interrogados por mais tempo e geralmente sob tortura”. Eles são submetido às piores formas de tortura e forçados a incriminar uns aos outros durante os interrogatórios, disseram os pesquisadores.
“O Estado considera o aumento do cristianismo no país uma séria ameaça, já que os cristãos não prestam culto às autoridades e também por causa dos trabalhos de organizações sociais e políticas cristãs que não seguem a ideologia do governo”, disse o relatório das Nações Unidas sobre Direitos Humanos na Coreia do Norte em 2014.
Em diversos países, pessoas são presas apenas porque creem em Jesus e na prisão passam dias sem água, tratamento médico e outros direitos básicos. Com uma doação, você ajuda a fortalecer e atender as necessidades emergenciais dos cristãos presos na Coreia do Norte e em outros países onde os cristãos são perseguidos.
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