Portas Abertas • 2 mai 2023
Policiais usaram bombas de gás para dispersar o protesto (foto representativa)
Na última sexta-feira, 28 de abril, protestos contra a expulsão do grupo étnico kuki de um vilarejo se tornaram um conflito violento no estado de Manipur, Norte da Índia. As autoridades afirmam que estão expulsando os cristãos tribais kuki para proteger a floresta.
O Fórum de Líderes Indígenas vem se opondo ao mapeamento da floresta implementado pelo governo há algum tempo. A maioria dos manifestantes são cristãos tribais ameaçados pela atual gestão do partido pró-hindu BJP que busca evacuar as áreas de florestas e vilarejos onde os cristãos tribais vivem há anos.
A equipe de polícia em Manipur usou bastões, bombas de gás e balas de borracha para dispersar a multidão. Os manifestantes, por outro lado, se uniram no local em que o governador N. Biren Singh faria um discurso para protestar.
Aproximadamente 100 cadeiras e outros equipamentos foram incendiados. Por isso, o Fórum de Líderes Indígenas exigiu um cessar-fogo de oito horas. O protesto foi considerado uma violação da lei 144, que proíbe a reunião de três ou mais pessoas sem a autorização do governo.
A parceira local Aisha disse que “a eletricidade pode ser cortada e o Wi-Fi será desligado. Ouvimos os tiros de tempos em tempos e as bombas de gás continuam sendo lançadas nos grupos de pessoas que tentam confrontar a polícia. Ouvimos gritos e agitação. Não estamos seguros e acreditamos que a situação vai piorar”.
Muitos cristãos perseguidos estão presos na cidade e nas áreas ao redor afetadas. A postura também preocupa cristãos perseguidos nos países vizinhos, como Mianmar, que vivem em regiões de floresta próximas à Índia.
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