Portas Abertas • 22 abr 2024
O medo faz parte do dia a dia de deslocados internos na Nigéria
Milhares de mulheres e crianças vivem hoje em acampamentos para deslocados internos na Nigéria. A violência extrema os obrigou a deixaram suas casas, terras e a vida que conheciam em busca de segurança. No entanto, parceiros locais relataram que, mesmo nos acampamentos, muitos deslocados internos estão com medo de serem raptados por militantes do grupo extremista Boko Haram.
Relatórios recentes indicam que mais de 200 deslocados internos foram raptados em Gamboru Ngala, uma cidade no estado de Borno, enquanto coletavam lenha. “Estamos horrorizados com o último sequestro em massa, predominantemente de crianças e mulheres, feito pelo Boko Haram na Nigéria e clamamos pela libertação imediata das vítimas”, diz Jo New house (pseudônimo), representante da Portas Abertas na África Subsaariana.
“Para muitos de nós, é um lembrete de quando 275 jovens cristãs foram sequestradas pelo grupo terrorista islâmico em Chibok, que também fica no estado de Borno. Mas esses não são casos isolados. Ataques e sequestros – particularmente na África Subsaariana – aumentaram muito na última década. Cristãos estão entre os principais alvos”, acrescenta Jo Newhouse.
As autoridades não conseguem restringir o avanço dos extremistas. “O governo nigeriano tem falhado no papel de proteger os cidadãos da violência e dos ataques. A proliferação de armamento, a impunidade e a inércia do governo permitiram a expansão do Boko Haram e o aumento da violência no Norte da Nigéria, onde ataques de homens armados em vilarejos e escolas se tornou um problema endêmico”, conclui a representante.
De acordo com especialistas da Portas Abertas, estima-se que mais de 37.500 pessoas foram assassinadas em ataques do Boko Haram desde 2011. Atualmente, a Nigéria ocupa a 6ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2024 e a primeira posição quanto ao nível de violência contra os seguidores de Jesus.
Os nomes e detalhes sobre as vítimas sequestradas ainda não foram confirmados e, por isso, não sabemos quantas delas eram cristãs. O que sabemos com certeza é que há uma grande quantidade de cristãos deslocados em Gamboru Ngala e muitos deles, se não todos, foram deslocados pelo avanço do Boko Haram na região.
Relatos recentes de contatos locais também confirmaram que, no momento do último sequestro, os extremistas analisaram as mulheres durante algum tempo, levaram as mais jovens e libertaram as que estavam amamentando e as mais velhas. Acredita-se que as jovens raptadas foram usadas para servir os militantes durante o Ramadã deste ano e que alguns rapazes foram obrigados a se tornar militantes do Boko Haram.
O sequestro também chamou atenção porque, em casos anteriores, as vítimas eram libertas em 72 horas. Mas, no atual, as vítimas continuam em cativeiro e sem previsão de quando serão libertas. A família do único adolescente cristão confirmado como vítima do sequestro recente está sendo assistida por parceiros locais da Portas Abertas.
Nossos irmãos na fé que vivem sob violência constante precisam saber que não estão sozinhos em meio à perseguição e que os cristãos no Brasil se importam com eles e estão orando por seus pedidos. Escreva um cartão e demonstre seu amor pela Igreja Perseguida na África Subsaariana. Veja as instruções no link.
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