Portas Abertas • 11 set 2023
Nos últimos anos, diversas leis e regulamentos foram aplicados na China, alguns limitando diretamente a liberdade dos cristãos em praticar a fé
A China está na 16ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2023, o ranking anual dos países onde há perseguição aos cristãos. A igreja no país é cada vez mais afetada pela abordagem do Estado de interferir ativamente e controlar as igrejas, independentemente de serem registradas ou não.
Desde que Xi Jinping assumiu a posição de secretário-geral do Partido Comunista Chinês, em novembro de 2012, e de presidente, em março de 2013, uma forte redução da liberdade é vista em todos os setores da sociedade, inclusive na religião. O objetivo declarado do governo é manter a estabilidade do país, que é rotulada como forma de manter uma “sociedade harmoniosa e pacífica”.
Para consolidar seu poder, o presidente promove a sinização, que é a pressão aplicada por autoridades chinesas a todas as etnias no país a fim de adotarem cultura, pensamento político, língua e identidade cultural da etnia majoritária han. Uma campanha de sinização da religião é implementada por todo o país como uma tentativa de tornar a religião mais “chinesa” e remover os elementos “estrangeiros”.
A internet é uma área em que o governo chinês impõe controles rígidos de segurança
Nos últimos anos, diversas leis e regulamentos foram aplicados na China, alguns limitando diretamente a liberdade dos cristãos em praticar a fé. Esses regulamentos colocam cristãos e igrejas em uma situação muito difícil. Um deles – implementado em março de 2022 – é chamado de Medidas para a Administração dos Serviços de Informações Religiosas na Internet. Essa lei exige que grupos cristãos solicitem uma licença para hospedar conteúdos na internet.
A internet é uma área em que o governo chinês impõe controles rígidos de segurança, por meio de censura, bloqueio e remoção de conteúdo indesejado que pode influenciar opiniões sociais. Alguns sites cristãos e contas de mídias sociais com alto tráfico na web foram rotulados como “conteúdo indesejável” e bloqueados ou fechados.
Usuários da internet chineses são, de longe, o maior grupo de internautas (cerca de um bilhão) em todo o mundo e regularmente trocam informação por meio da internet e mídias sociais. Além disso, a maioria das transações comerciais na China ocorrem de forma digital, mesmo nas áreas rurais.
Em um relatório recente da organização Freedom House sobre liberdade da internet em 2022, a China está categorizada como “não livre” e é listada como “o pior abusador da liberdade da internet no mundo” há oito anos consecutivos. O relatório afirma: “Usuários convencionais enfrentam severas repercussões legais e extrajudiciais para atividades como compartilhar novos stories, falar sobre crenças religiosas ou se comunicar com membros da família ou outros no exterior”.
Apoie cristãos chineses que arriscam tudo para dar às pessoas acesso à palavra de Deus. Suas orações e apoio contínuo os ajudam a permanecer fortes em meio a circunstâncias adversas. Sua doação garante que cristãos na China sejam fortalecidos por meio de discipulado e literatura cristã.
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