Portas Abertas • 22 jun 2024
Muitos norte-coreanos atravessam a fronteira da China ilegalmente (foto representativa)
Coreia do Norte e China assinaram um novo acordo para repatriar refugiados ilegais norte-coreanos. De acordo com a agência de notícias DailyNK, essa medida foi anunciada para os cidadãos norte-coreanos que vivem perto da fronteira com a China.
“Antes da pandemia, a China costumava enviar muitos refugiados de volta. Quando a crise da COVID-19 de instalou, as fronteiras foram fechadas e a China permitiu que os refugiados norte-coreanos permanecessem. Mas isso mudou visivelmente. Em 2024, centenas de pessoas foram devolvidas para as mãos rigorosas do regime da Coreia do Norte”, conta Simon Lee (pseudônimo), um parceiro da Portas Abertas que trabalha com refugiados norte-coreanos.
Outra razão importante para o acordo é que Rússia, China e Coreia do Norte estreitaram os laços desde a invasão russa à Ucrânia e juntos perdem cada vez mais prestígio na comunidade internacional. Mas a medida de deportar refugiados norte-coreanos não significa que eles desaparecerão da China.
Apesar dos riscos, refugiados norte-coreanos querem aprender mais sobre o evangelho (foto representativa)
Na verdade, as portas estão abertas na China para trabalhadores contratados, ou seja, norte-coreanos que serão cuidadosamente selecionados e monitorados pelo governo da Coreia do Norte. Grande parte dos salários desses trabalhadores é tomada pelas autoridades norte-coreanas.
Muitos refugiados norte-coreanos são ajudados por parceiros da Portas Abertas. Nesses locais, são oferecidos treinamentos bíblicos também. Alguns refugiados apenas visitam os abrigos. Outros permanecem para aprender mais sobre a palavra de Deus.
“Uma parte importante do crescimento de igrejas na Coreia do Norte é fruto do ministério com refugiados, que, quando são deportados, anunciam o evangelho aos norte-coreanos. Mas os números não são tão grandes quanto antes. Cruzar a fronteira ilegalmente está ainda mais difícil e perigoso. Pessoas pagam fortunas por transporte ilegal e ainda assim estão sob risco constante de serem presas”, conta Simon.
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