Trabalhadores norte-coreanos barrados no retorno ao país

Os contratos de trabalho terminaram, mas eles não podem voltar para casa

Portas Abertas • 3 nov 2022


A fronteira da Coreia do Norte permanece fechada por causa das medidas contra a COVID-19

A fronteira da Coreia do Norte permanece fechada por causa das medidas contra a COVID-19

Centenas de trabalhadores norte-coreanos permanecem na China, Rússia e outros países por causa das restrições da COVID-19 em vigor na Coreia do Norte. O contrato de trabalho deles no exterior já foi encerrado, por isso eles ficam limitados e ansiosos quanto ao retorno à Coreia do Norte, mas são proibidos de retornar.


O regime norte-coreano se vale de trabalhos forçados para manter a economia ativa, porém, essa medida não foi suficiente para manter as finanças. O país é conhecido por campos onde os prisioneiros são obrigados a trabalhar sob condições desumanas.


Segundo relatórios da Portas Abertas, um terço dos prisioneiros da Coreia do Norte são cristãos. Com a crise recente do país, as exigências aumentaram sobre a sociedade civil também. Por isso, muitos saíram do país buscando oportunidades de emprego no exterior.


Direitos humanos violados


“Norte-coreanos que saem do país para trabalhar e oficiais aposentados que trabalharam nesse contexto têm 90% do salário confiscado pelas autoridades. Apesar do confisco e da vigilância extrema, o salário no exterior é praticamente o triplo do salário nacional, além da oportunidade de conhecer um pouco outras realidades fora do regime restrito. Por isso, muitos escolhem essa opção”, contou um jornalista.


“Se a situação pudesse ser filmada e mostrada para o mundo, seria um filme sobre direitos humanos”, contou um dos trabalhadores norte-coreanos no exterior. Ele relatou a história de um colega que trabalhava na companhia, vindo de Pyongyang. Enquanto instalava colunas de ferro, o colega sofreu uma queda de cinco metros. A coluna foi lesionada e ele precisou de cirurgia emergencial.


Apesar da gravidade do caso, a companhia não queria gastar dinheiro com o tratamento na Rússia, por isso o enviou de volta à Coreia do Norte. Os voos norte-coreanos aconteciam apenas duas vezes por semana. No entanto, questões burocráticas fizeram com que ele tivesse que esperar dez dias para voltar à Coreia do Norte com a coluna e membros inferiores gravemente lesionados.


Muitos casos semelhantes de acidentes no trabalho com atendimento médico negligenciado e envio tardio de volta à Coreia do Norte acontecem com norte-coreanos no exterior. Apesar dos desafios, durante o período no exterior, muitos norte-coreanos conhecem o evangelho e compartilham as boas novas na terra natal quando conseguem retornar.


Ajude refugiados norte-coreanos


Por causa da perseguição, muitos cristãos norte-coreanos precisam ir para abrigos na China, onde são discipulados e instruídos a como encontrar amor, graça e perdão em Cristo. Sua doação permite que mais cristãos norte-coreanos sejam abrigados e fortalecidos.


Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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