Portas Abertas • 9 abr 2022
Boutros mostra com orgulho a tatuagem de cruz estampada em seu pulso
Os cristãos no Egito são visados há séculos por meio da perseguição severa. Prova disso é que há exatos cinco anos, 49 cristãos foram mortos e mais de 110 ficaram feridos no bombardeio a duas igrejas no Domingo de Ramos, que antecede a Páscoa. O grupo Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelos ataques às igrejas em Tanta e Alexandria. Apesar disso, a igreja continua firme, brilhando o amor e a misericórdia de Jesus em um país que não os aceita bem. É possível encontrar no país muitos cristãos com histórias que inspiram a nossa fé. Conheça dois deles.
Em uma igreja copta no Egito, encontramos Boutros, um homem idoso que varria o chão da igreja. Ele fez uma pausa quando passamos por ele: “Jesus é o rei!”, disse com os olhos brilhando e o dedo apontando o céu. Ele também mostrou com orgulho a cruz que possui tatuada no pulso.
Mas ele não é o único com uma tatuagem de cruz. Muitos cristãos egípcios, incluindo crianças, têm uma pequena cruz no pulso ou na mão. Essa é uma tradição que remonta os tempos de perseguição extrema: dessa forma, uma criança cujos pais foram martirizados sempre se lembraria, por causa da tatuagem de cruz, que era cristã.
“Essa cruz é uma marca de gratidão à Deus. Eu agradeço por ser cristão. Porque sou cristão, sou filho de Deus: o filho do rei. Porém o mais importante não é a cruz em meu pulso, mas sim a cruz em meu coração: Cristo em meu coração”, Boutros explica apontando para o pulso.
O cristão é muito consciente da hostilidade com relação a cristãos no Egito, mas isso não tira o entusiasmo por Jesus: “Quando alguém me pergunta: ‘Você é cristão?’ Eu digo: ‘Sim, eu sou!’ Se negar minha religião, isso significa que estou negando a Cristo. O que posso encontrar fora da fé cristã? Não há nada fora de Cristo!”
O irmão de Mahrousa, Bassem, se tornou um exemplo de fé para toda a família
Bassem, de 27 anos, foi uma das pessoas mortas apenas por levantar o pulso com a cruz. Isso afirmava que ele era um cristão que vivia em El Arish, cidade atormentada por extremistas islâmicos. Mahrousa, irmã mais velha de Bassem, mantém uma foto dele em lugar de destaque na sala de sua casa.
“Uma das últimas vezes que falei com ele por telefone, perguntei sobre o perigo em El Arish. ‘Por que você continua aí?’ Ele disse que não podia deixar o trabalho como professor de crainças na escola dominical. Ele perguntou por que eu estava tão assustada e disse: ‘Se eu morrer por Cristo é um privilégio!’”
Quando Mahrousa recebeu a notícia da morte de Bassem, seu mundo desmoronou: “Eu fiquei chocada e comecei a gritar e lamentar. Que Deus me perdoe, mas disse coisas ruins pra quase todo mundo, até mesmo sobre Deus”.
Apesar do coração de Mahrousa ainda estar de luto, sua raiva passou. Os sentimentos foram substituídos por um respeito pelo irmão além de uma fé corajosa. “Embora Bassem fosse nosso irmão mais novo, foi ele quem fortaleceu minha fé e do meu irmão e irmã. Ele se tornou um exemplo para nós”.
A melhor forma de auxiliar cristãos que enfrentam ataques violentos é oferecendo ajuda durante o tempo que for preciso. Sua doação ajuda a suprir as necessidades físicas de cristãos vítimas de ataques no Sri Lanka por meio de ajuda prática. Faça a diferença na vida daqueles que são perseguidos por celebrar a morte e ressurreição de Jesus.
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