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Mais de cem refugiados afegãos são deportados do Tajiquistão

Ao menos 150 refugiados foram deportados repentinamente
Portas Abertas • 19 jul 2025
Ao retornarem ao Afeganistão, muitos desses refugiados correm perigo imediato de vida

[Atualizado em 25 de julho de 2025 às 10h]

O Tajiquistão iniciou uma grande operação para prender e deportar refugiados afegãos, dando a eles apenas 15 dias para sair do país. A informação foi divulgada pela agência afegã Khaama Press e confirmada pela agência da ONU para refugiados (ACNUR). A decisão causou medo e confusão entre milhares de afegãos que vivem no país, incluindo pessoas com permissão legal de residência ou documentos oficiais de asilo.

Segundo a Khaama Press, as prisões aumentaram nos últimos dias, especialmente nas áreas de Vahdat e Rudaki, perto da capital, Dushanbe. Muitos homens afegãos estão sendo presos diretamente em seus locais de trabalho, sem aviso prévio e sem chance de avisar suas famílias. Segundo o assessor de imprensa da Portas Abertas Internacional, acredita-se que há muitos cristãos entre os refugiados deportados. Diante das ameaças do Talibã, de que matariam todos os cristãos no Afeganistão, os refugiados deportados correm grande risco de prisão ou morte.

À medida que o prazo de 15 dias estabelecido pelas autoridades tajiques para os refugiados afegãos está se aproximando do fim, relatos indicam que o governo já começou a deportar à força mais pessoas. Mais de 150 pessoas foram detidas em mercados locais e áreas públicas ontem e deportadas do país. Desde que o grupo extremista tomou o poder em 2021, líderes de igrejas desapareceram e outros seguidores de Jesus foram agredidos, torturados e mortos.

Uma decisão desafiadora

O que tem gerado preocupação particular é que a maioria dos alvos possui status legal de refugiado. Muitos estão registrados e possuem cartões de refugiado válidos. Várias pessoas também estão em processo de transferência para o Canadá, com pedidos de asilo ativos em análise. Embora o verdadeiro motivo por trás das deportações forçadas permaneça incerto e não tenha sido oficialmente divulgado pelo governo tajique, muitos observadores acreditam que isso pode estar ligado a desenvolvimentos geopolíticos recentes relacionadas ao relacionamento com o Talibã.

A maioria dos refugiados afegãos no Tajiquistão foi transferida para Wahdat, um distrito localizado a aproximadamente 20 quilômetros a leste da capital, Dushanbe. Em resposta à escalada da situação, várias petições online começaram a circular, pedindo ao governo canadense que acelere os processos de realocamento ou inicie evacuações emergenciais para aqueles cujos pedidos de asilo já estão em análise. Defensores dos direitos humanos e grupos de apoio a refugiados descreveram a situação como caótica e alarmante, pedindo intervenção internacional imediata para evitar mais danos às famílias afegãs vulneráveis.

Apesar da presença de organizações internacionais de defesa no Tajiquistão, o governo tajique tem ignorado amplamente os apelos por conformidade com tratados internacionais e padrões de proteção a refugiados, levantando preocupações sobre a eficácia da supervisão internacional e a falta de responsabilização nas deportações em curso.

Essa ação do Tajiquistão segue uma tendência na região. Nos últimos meses, Irã e Paquistão também deportaram em massa cidadãos afegãos.Especialistas alertam que as opções para os refugiados afegãos estão diminuindo rapidamente. Os programas de reassentamento são lentos, e poucos países abriram novas rotas de asilo. Por isso, milhares de afegãos deslocados na Ásia Central e no Sul da Ásia enfrentam uma escolha difícil: viver com medo constante de prisão e expulsão, ou voltar para um país onde podem ser perseguidos.

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