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Nenhuma atividade religiosa além das instituições geridas e controladas pelo Estado é permitida no Tajiquistão. Comunidades cristãs históricas, como a Igreja Ortodoxa Russa, são toleradas pelo regime, que não as considera uma ameaça por não tenderem a evangelizar os tajiques.
No entanto, o registro de grupos cristãos diferentes dos ortodoxos e católicos é impossível, tornando todas as suas atividades ilegais. Em 2022, o governo anunciou que nenhuma nova igreja poderia ser registrada. Os cultos religiosos são frequentemente interrompidos e os cristãos correm o risco de serem presos por realizarem reuniões de oração ou por possuírem material religioso “ilegal”. Os menores de 18 anos estão proibidos de participar das atividades públicas da igreja.
Os cristãos de origem muçulmana enfrentam pressão adicional da família e da comunidade local, pois há a crença de que um verdadeiro tajique só pode ser muçulmano.
Peter (pseudônimo), líder da igreja tajique
Na cultura islâmica tradicional do Tajiquistão, as cristãs de origem muçulmana são vulneráveis à discriminação e à perseguição violenta. Todas as mulheres são obrigadas a se submeterem aos homens da família e não têm liberdade de escolher a própria religião.
Se a conversão for descoberta, as cristãs correm o risco de serem presas em casa, agredidas física e sexualmente, rejeitadas e forçadas a se casar com um muçulmano. Um exemplo é um marido que prendeu a esposa e a filha em casa e proibiu que frequentassem uma igreja.
As autoridades têm como alvo os líderes da igreja, a fim de impactar os cristãos e aumentar o medo dentro da congregação. A polícia costuma interromper os cultos na igreja e impor multas aos líderes por realizarem reuniões “ilegais”, possuírem material cristão sem autorização ou partilharem a fé com outros. Quando os seguidores de Jesus são detidos pela polícia, enfrentam abuso verbal e físico, ameaça, agressão e pressão para denunciar outros cristãos.
Os homens cristãos também enfrentam hostilidade no local de trabalho, nas Forças Armadas, na comunidade local e até mesmo dentro da própria família.
A Portas Abertas fortalece os cristãos perseguidos na Ásia Central por meio de distribuição de Bíblias e literatura cristã, treinamento vocacional, projetos de desenvolvimento socioeconômico e ministério de crianças, jovens e mulheres.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos no Tajiquistão são: paranoia ditatorial, opressão islâmica e opressão do clã.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos no Tajiquistão são: oficiais do governo, partidos políticos, cidadãos e quadrilhas, líderes religiosos não cristãos, parentes, líderes de grupos étnicos.
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