Posição no ranking:
39
O Tajiquistão fazia parte da antiga União Soviética. Apesar de agora, oficialmente, ter liberdade de religião pela lei, a realidade é diferente. O Estado ainda impõe restrições a reuniões e atividades religiosas, principalmente para conter o extremismo islâmico. Mas as regras e a vigilância também afetam os cristãos, e o Estado está se tornando cada vez mais cauteloso e hostil em relação a eles.
Existem muitos elementos da vida cristã que são ilegais, desde a realização de um culto até a impressão de literatura religiosa. Pessoas com menos de 18 anos também não têm permissão para participar dos cultos da igreja, e os cristãos não podem compartilhar a fé publicamente. Nos últimos anos, os encontros da igreja têm sido cada vez mais invadidos pelas autoridades, com os membros da igreja sendo interrogados por horas a fio e pressionados a delatar os outros. Eles podem ser detidos, multados ou presos. Como resultado, o risco de perseguição levou muitos cristãos à prática da fé de forma clandestina.
Existem leis rígidas sobre educação religiosa, então, treinar líderes da igreja é um desafio. Grande parte do país é muçulmana, e os cristãos que deixaram o islã para seguir a Jesus enfrentam rejeição, humilhação e possível violência da família e da comunidade.
Khasan (pseudônimo), líder cristão perseguido na Ásia
Na cultura islâmica tradicional do Tajiquistão, as mulheres cristãs de origem muçulmana são particularmente vulneráveis a discriminação e perseguição violenta. Como o ensino islâmico no país obriga as mulheres a se submeterem de todas as maneiras aos homens de sua família, na prática, as mulheres não têm a liberdade de escolher a própria religião.
Se a conversão ao cristianismo for descoberta, elas correm o risco de serem colocadas em prisão domiciliar, espancadas, rejeitadas, agredidas sexualmente ou forçadas a se casar com um muçulmano. Fontes da Portas Abertas relatam uma história recente de uma mulher cujo marido proibiu que ela e o filho frequentassem a igreja e os manteve trancados.
Como em outras partes da Ásia, a maioria dos líderes da igreja são homens. As autoridades têm como alvo os líderes cristãos para impactar as igrejas em geral e fazer com que os níveis de medo aumentem dentro da congregação. A polícia pode interromper cultos e impor multas aos líderes da igreja por realizar “encontros ilegais”, possuir material cristão sem permissão ou compartilhar a fé com outras pessoas.
Quando detidos, eles podem enfrentar abusos verbais e físicos, ameaças, espancamentos e pressão para denunciar outras pessoas. Os homens cristãos também podem experimentar oposição em outras áreas da vida, incluindo o local de trabalho, as forças armadas, a comunidade local e até mesmo dentro da própria família.
A Portas Abertas fortalece os cristãos perseguidos na Ásia por meio de ajuda emergencial, distribuição Bíblias e literatura cristã, apoio em oração, treinamento vocacional e projetos de geração de renda.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos no Tajiquistão são: paranoia ditatorial, opressão islâmica e opressão do clã.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos no Tajiquistão são: oficiais do governo, partidos políticos, cidadãos e quadrilhas, líderes religiosos não cristãos, parentes, líderes de grupos étnicos.