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Houve um aumento da violência em Angola, enquanto a pressão sobre os cristãos continua alta em razão das políticas governamentais e da influência da corrupção, do crime organizado e do protecionismo denominacional. Nos últimos cinco anos, a perseguição aumentou em Angola e reflete uma gravidade na realidade dos cristãos.
Rebeca Loureiro, cristã em Angola
Desde 2004, mais de mil pedidos de registro de igrejas foram feitos em Angola. No entanto, desde que o processo de registro mudou, em 2019, o progresso foi limitado. Dos 97 pedidos recebidos desde a mudança, apenas 35 receberam aprovação condicional, com quatro totalmente aprovados até 2022.
Em 2023 e 2024, não foram concedidos novos registros ou licenças. Isso deixou muitas igrejas operando sem reconhecimento oficial, forçando-as a uma situação precária em que enfrentam intimidação constante e ameaça de prisão ou demolição de seus edifícios. A ênfase contínua do governo em rotular o que considera “seitas religiosas” como motivo de preocupação aprofunda os desafios enfrentados por esses grupos religiosos.
A atmosfera de medo se estende além da questão do registro. Muitos líderes e congregações cristãos são intimidados pelo governo. Isso levou à demolição de milhares de espaços de culto nos últimos anos. Além disso, o medo de se manifestar contra as injustiças é generalizado, pois isso pode ser interpretado como um ato político, com graves repercussões. A ameaça de ser alvo por simplesmente praticar a fé ou expressar preocupações silenciou muitos dentro da comunidade cristã, que agora opera sob o medo constante de retaliação do governo.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos em Angola são: paranoia ditatorial, corrupção e crime organizado, protecionismo denominacional.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos em Angola são: oficiais do governo, redes criminosas e líderes religiosos cristãos.
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