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O governo do Azerbaijão monitora as atividades de grupos religiosos de perto. Oficialmente, o país é secular e a religião é tolerada. Entretanto, o nível de vigilância é tão alto que cristãos no Azerbaijão não sabem mais em quem confiar. Igrejas ortodoxas russas experimentam menos problemas e monitoramento do governo, pois geralmente não tentam fazer contato com a população azeri. São os cristãos nativos de origem muçulmana que suportam o peso da perseguição, tanto nas mãos do Estado, quanto de família, amigos e comunidade.
SHABANOV, PASTOR NO AZERBAIJÃO
No Azerbaijão, as tradições familiares e as regras são muito rígidas, e a desobediência aos membros mais velhos da família é inaceitável. Normas patriarcais continuam predominantes, e espera-se que mulheres permaneçam em casa e priorizem os deveres domésticos e familiares. Nesse contexto, mulheres não são livres para escolherem sua própria religião e enfrentarão perseguição após a conversão ao cristianismo.
Assim, cristãs convertidas (geralmente de origem muçulmana) são mais vulneráveis à perseguição — como cristãs e mulheres que ousam desafiar a ordem existente. Mulheres que denunciam violações de direitos humanos ou criticam as autoridades são silenciadas por meio de campanhas de difamação e chantagem.
Cristãs de origem muçulmana têm maior risco de experimentar abuso verbal e físico, assédio, ameaça, prisão domiciliar, discriminação e rejeição pela família e comunidade muçulmana. As que vivem em regiões conservadoras também correm o risco de serem sequestradas e casadas à força com homens muçulmanos com o objetivo de forçá-las a voltarem para o islamismo. Isso não acontece com frequência, mas tipicamente em áreas rurais remotas e em casos em que acordos pré-nupciais foram feitos antes da conversão.
As cristãs também são alvo de perseguição como forma de infligir danos psicológicos aos seus maridos ou outros membros da família.
No Azerbaijão, homens convertidos de origem muçulmana estão em maior risco de experimentar abuso físico e verbal, assédio, ameaça, discriminação e rejeição pela família e comunidade muçulmana. Convertidos descobertos serão assediados e interrogados duramente pela família e pela comunidade; alguns foram chamados para a delegacia para questionamentos. Há diversas evidências de que os convertidos enfrentam severas consequências econômicas já que a maior parte da perseguição ocorre contra eles.
Homens cristãos — de origem muçulmana ou não — são alvo por seu papel como chefe de família e principal provedor financeiro. Quando um homem cristão se torna alvo de perseguição (possivelmente perdendo seu emprego), toda a família sofrerá. Se ele é um líder de igreja, o fato de enfrentar perseguição afetará a igreja e pode resultar em aumento do medo entre seus membros.
O Estado considera pastores e líderes de igreja como principal alvo para controlar as atividades cristãs. Eles são usados como exemplos para os outros cristãos do que pode acontecer. Quando igrejas são invadidas, geralmente são os líderes da igreja que são detidos, interrogados e multados. Muçulmanos considerarão os líderes da igreja os principais responsáveis pela conversão das pessoas.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos no Azerbaijão são: paranoia ditatorial, opressão islâmica e opressão do clã.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos no Azerbaijão são: oficiais do governo, partidos políticos, cidadãos e quadrilhas, parentes, líderes de grupos étnicos e líderes religiosos não cristãos.
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