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Um número considerável de expatriados cristãos (principalmente do Sul da Ásia) trabalham e vivem no Bahrein e podem praticar a fé em lugares privados de adoração, desde que não haja proselitismo publicamente entre muçulmanos ou insulto ao islamismo. Há também um pequeno número de cristãos nativos bareinitas. Convertidos xiitas locais enfrentam pressão da família e da comunidade para abrir mão da fé cristã, deixar a região ou ficar em silêncio sobre a nova fé. Convertidos da comunidade sunita local dominante enfrentam significativamente menos obstáculos. Expatriados muçulmanos convertidos ao cristianismo experimentam pressão similar à de seu país de origem, pois muitas vezes vivem em comunidade de sua própria etnia ou nação.
YONAS DEMBELE, ANALISTA DE PERSEGUIÇÃO SOBRE O BAHREIN
Apesar de alguns movimentos em direção à igualdade legal, mulheres e meninas continuam sendo vistas como inferiores na sociedade bareinita. Entre o pequeno número de convertidas ao cristianismo, a pressão é sentida mais intensamente por mulheres e meninas, seguidas por rapazes e depois homens mais velhos (refletindo os níveis de status e liberdade dentro da cultura). Mulheres cristãs devem se vestir como as muçulmanas para evitar assédio e discriminação.
Um dos principais desafios que mulheres de origem muçulmana experimentam é a restrição legal do casamento que as impede de se casar com um não muçulmano; apenas homens muçulmanos têm permissão para se casar com uma não muçulmana. Um casamento entre uma antiga muçulmana (ainda registrada como muçulmana) que se converteu ao cristianismo e um não muçulmano não será reconhecido. Se uma mulher cristã é casada com um homem muçulmano, seus direitos de custódia dos filhos e de herança não serão considerados.
Além desses desafios, mulheres convertidas enfrentam opressão da família. Provavelmente, elas serão agredidas pelas famílias, colocadas sob prisão domiciliar e podem ser ameaçadas com morte de honra. Elas também podem enfrentar outras ameaças violentas, como casamento forçado. A dependência financeira dos membros masculinos da família, o que pode ser comum entre mulheres bareinitas, garante outra oportunidade de perseguição.
Os maus-tratos de trabalhadoras estrangeiras, incluindo abuso sexual, permanecem a principal questão. Muitas cristãs migrantes trabalhadoras domésticas experimentam abuso sexual, sendo que a fé é um dos fatores que as tornam mais vulneráveis. De modo geral, também há pressão para aderirem ao estilo de vestimenta islâmico para evitarem assédio. As mulheres em famílias mais conservadoras podem ser monitoradas em seu uso da internet para impedi-las de acessar materiais e ensinamentos cristãos.
A perseguição aos homens cristãos convertidos no Bahrein se manifesta tipicamente no local de trabalho. Os homens podem perder promoções ou, em alguns casos, perder o emprego. Isso pode levar a sérias dificuldades econômicas que têm implicações ainda maiores em toda a família, pois o homem é normalmente o provedor financeiro da família. Os convertidos também podem ser afastados da família, ameaçados, intimidados e expulsos da casa da família. Seu status e papel na família estará sob ameaça. À luz de tal pressão, é extremamente desafiador para cristãos de origem muçulmana se reunirem para adorar.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos no Bahrein são: opressão islâmica, opressão do clã e paranoia ditatorial.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos no Bahrein são: líderes religiosos não cristãos, parentes, cidadãos e quadrilhas, oficiais do governo e líderes de grupos étnicos.
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