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A perseguição em Djibuti abrange todos os aspectos da vida do cristão. Todas as leis e políticas no país são moldadas pela sharia (conjunto de leis islâmicas). Os convertidos que são descobertos em Djibuti enfrentam tratamento severo. Cristãos de origem muçulmana enfrentam grandes dificuldades tanto por parte da comunidade local como da família.
Esconder a fé é um meio de proteção, mas o estilo de vida comunitário torna isso muito difícil. Se alguém deixa o islã para seguir a Jesus ou há rumores de uma possível conversão, a pessoa perderá todos os direitos de herança. As autoridades locais não protegem os cristãos se eles forem atacados.
CRISTÃ SECRETA NO DJIBUTI
Mulheres convertidas no país estão vulneráveis a agressão física e prisão domiciliar, principalmente na área rural. Embora não seja comum, relatos do passado indicam que, em alguns casos, mulheres cristãs foram sequestradas por muçulmanos radicais e forçadas a se casarem com muçulmanos. Essa situação impacta desproporcionalmente mulheres e meninas. A maioria das que entram em um casamento o fazem sob pressão da família e da comunidade local, que anseiam vê-las voltarem para o islamismo.
Entre a etnia afar, o casamento forçado é regulado pelo costume chamado absouma, em que os pais organizam o casamento para fortalecer os laços entre aldeias ou tribos. Caso a garota recuse o marido que a família propôs, ela é rejeitada e punida. Muitas vezes, sua única chance é tentar fugir; mas, muitas vezes, é obrigada a aceitar o casamento com líder religioso mais velho em um esforço de influenciar a fé delas.
Convertidas que já são casadas enfrentam várias formas de pressão do marido e de parentes. Se uma mulher recém-convertida se recusa a abrir mão da fé, provavelmente enfrentará divórcio. Apesar de homens atingidos pela pobreza no Djibuti geralmente queiram escapar do peso de cuidar dos filhos em caso de divórcio, fontes declaram que famílias de muçulmanos devotos não permitirão que a mulher reivindique a guarda e crie os filhos como cristãos. As mulheres perdem automaticamente seus direitos de custódia ao se converterem, pois se torna praticamente “impossível confiar as crianças a ela”. Quer tenham sucesso ou não ao reivindicar os direitos de custódia, mulheres convertidas geralmente são prejudicadas financeiramente por não terem uma renda estável e por perderem os direitos de herança.
A mulher é um membro essencial da unidade familiar em Djibuti, pois desempenha um papel principal na criação dos filhos e representa a família em eventos sociais. A perseguição a mulheres e meninas tem um impacto negativo significativo na família e na comunidade.
Embora haja poucos dados disponíveis, homens cristãos em Djibuti correm risco de agressão física, assédio verbal e intimidação. Alguns podem ser forçados a sair de casa, ficando desabrigados e economicamente vulneráveis. Outros pagam um preço ainda maior e, segundo relatos, no passado foram mortos por causa da fé (embora não haja nenhum incidente recente de mortes). Líderes cristãos em Djibuti – cuja maioria são homens – correm grande risco de perseguição. No país, pastores e líderes de igrejas são os principais alvos de perseguição. Oficiais e o público geral mantêm um registro caso encontrem convertidos pregando o evangelho no bairro. Ser conhecido no país como líder cristão também expõe membros da família a ameaças sérias.
Como os homens são tipicamente os provedores em Djibuti, sua ausência leva a família a uma turbulência emocional e financeira. Isso também compromete a segurança física da família, principalmente em áreas remotas do país, pois a ausência do pai/marido pode levar ao roubo da propriedade da família e a ataques sexuais a esposa e filhas.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos em Djibuti são: opressão islâmica, opressão do clã e paranoia ditatorial.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos em Djibuti são: líderes religiosos não cristãos, cidadãos e quadrilhas, parentes, líderes de grupos étnicos, oficiais do governo e partidos políticos.
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