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Djibuti

DJ
Djibuti
  • Tipo de Perseguição: Opressão islâmica, opressão do clã, paranoia ditatorial
  • Capital: Djibuti
  • Região: Sul e Leste da África
  • Líder: Ismail Omar Guelleh
  • Governo: República presidencialista
  • Religião: Islamismo, cristianismo
  • Idioma: Francês, árabe, somali, afar
  • Pontuação: 60


POPULAÇÃO
1,1 MILHÃO


POPULAÇÃO CRISTÃ
11 MIL

DOAR AGORA

R$

Como é a perseguição aos cristãos no Djibuti? 

Todas as leis e políticas no país são moldadas pela sharia (conjunto de leis islâmicas). O nível de perseguição que os cristãos de origem muçulmana experimentam é imensa e vem da comunidade local e dos membros da própria família. Esconder a fé é uma das formas de proteção, mas o estilo de vida comunitário torna isso muito difícil. Se alguém se converte ao cristianismo ou há rumores de uma possível conversão, a pessoa perderá todos os direitos de herança. As autoridades locais não protegem cristãos se eles forem atacados.  

“Eu quero ser um testemunho para os outros.”

CRISTÃ SECRETA NO DJIBUTI

O que mudou este ano? 

O fato de que o governo atual busca ficar no poder a todo custo é crítico para entender o atual estado da situação dos cristãos no país, que tem uma população islâmica de 97,4%. Nos últimos cinco períodos de pesquisa, a pressão aos cristãos se manteve estável. Como uma sociedade conservadora, aqueles que são descobertos por deixar o islamismo e se tornarem cristãos enfrentam rejeição, ridicularização e são completamente excluídos pela sociedade. O país está localizado em uma região estrategicamente importante e volátil; países que têm uma grande influência sobre o governo não o têm pressionado para melhorar as condições dos direitos humanos por medo de perder o acesso ao país. Assim, o governo pode oprimir a população sem temer a comunidade internacional. 

Quem persegue os cristãos no Djibuti? 

O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos no Djibuti são: opressão islâmica, opressão do clã e paranoia ditatorial. 

Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos no Djibuti são: líderes religiosos não cristãos, cidadãos e quadrilhas, parentes, partidos políticos e oficiais do governo. 

Quem é mais vulnerável à perseguição no Djibuti? 

Todas as comunidades cristãs no Djibuti enfrentam desafios, mas cada uma experimenta diferentes níveis de perseguição. A tolerância com relação aos cristãos ortodoxos originários da Etiópia está definhando com o crescimento do islamismo radical. Já os cristãos de origem muçulmana, apesar de serem poucos, enfrentam pressão intensa da família, comunidade e daqueles que possuem papel de liderança religiosa na comunidade. Os cristãos não tradicionais enfrentam oposição severa por seu interesse em evangelização.  

Como as mulheres são perseguidas no Djibuti? 

Os convertidos que são descobertos em Djibuti enfrentam tratamento severo. Mulheres convertidas no país estão vulneráveis a agressão física e prisão domiciliar, principalmente na área rural. Embora não seja comum, relatos do passado indicam que, em alguns casos, mulheres cristãs foram sequestradas por muçulmanos radicais e forçadas a se casarem com muçulmanos sem seu consentimento. Quando uma muçulmana se converte ao cristianismo, é sequestrada ou forçada a se casar com um muçulmano. Essa situação impacta desproporcionalmente mulheres e meninas. A maioria das que entram em um casamento coagido o fazem sob pressão da família e da comunidade local, que anseiam vê-las voltarem para o islamismo. Mulheres convertidas podem ser forçadas a se casar com líderes religiosos mais velhos em um esforço de influenciar a fé delas. 

Convertidas que já são casadas enfrentam várias formas de pressão de seus maridos e parentes. Se uma mulher recém-convertida se recusa a abrir mão da fé, provavelmente enfrentará divórcio. Enquanto homens atingidos pela pobreza no Djibuti geralmente querem escapar do peso de cuidar dos filhos em caso de divórcio, fontes declaram que famílias de muçulmanos devotos não permitirão que a mulher reivindique a guarda e crie os filhos como cristãos. As mulheres perdem automaticamente seus direitos de custódia ao se converterem, pois se torna praticamente “impossível confiar as crianças a ela”. Quer tenham sucesso ou não ao reivindicar os direitos de custódia, mulheres convertidas geralmente são prejudicadas financeiramente por não terem uma renda estável e por perderem os direitos de herança. 

A mulher é um membro essencial da unidade familiar no Djibuti, pois desempenha um papel principal na criação dos filhos e representa a família em eventos sociais. A perseguição a mulheres e meninas tem um impacto negativo significativo na família e na comunidade. 

Como os homens são perseguidos no Djibuti? 

Embora haja poucos dados disponíveis, homens cristãos no Djibuti correm risco de agressão física, assédio verbal e intimidação. Alguns podem ser forçados a sair de casa, deixando-os desabrigados e economicamente vulneráveis. Outros pagam um preço ainda maior e, segundo relatos, foram mortos por causa da fé no passado (embora não haja nenhum incidente recente de mortes). Líderes cristãos no Djibuti – cuja maioria são homens – correm grande risco de perseguição. No país, pastores e líderes de igrejas são os principais alvos de perseguição. Oficiais e o público geral mantêm um registro caso encontrem convertidos pregando o evangelho no bairro. Ser conhecido no país como um líder cristão também expõe membros da família a ameaças sérias. 

Como os homens são tipicamente os provedores no Djibuti, sua ausência leva a família a uma turbulência emocional e financeira. Isso também compromete a segurança física da família, principalmente ems áreas remotas do país, pois a ausência do pai/marido pode levar ao roubo da propriedade da família e ataques sexuais a esposa e filhas. 

Como posso ajudar os cristãos perseguidos no Djibuti?  

Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para os projetos da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos. Doando para esta campanha, sua ajuda vai para locais onde a perseguição é extrema e a necessidade é mais urgente. 

[QUERO AJUDAR] 

Pedidos de oração do Djibuti 

  • Interceda para que as autoridades do país alterem as leis e o país não seja dominado por leis islâmicas que prejudicam os cristãos.  

  •  

    Clame em favor dos cristãos de origem muçulmana, pois o nível de perseguição que enfrentam é imensa. 

  •  

    Peça ao Senhor para que os convertidos permaneçam firmes, mesmo sendo perseguidos por membros da comunidade local e da própria família. 

Antigamente conhecido como Somalilândia Francesa (1896-1967) e Território Francês dos Afars e Issas (1967-1977), o país tomou Djibuti como nome quando se tornou independente da França em 27 de junho de 1977. Após anos de guerra civil (1991-2000), a primeira eleição livre multipartidária ocorreu em 2003. Entretanto, o partido no governo tem efetivamente ganhado controle de todos os níveis de poder do Estado, e o país não tem mais uma democracia eleitoral. O presidente Guelleh, que assumiu o cargo pela primeira vez em 1999, foi reeleito para um quinto mandato em abril de 2021, vencendo com mais de 98% dos votos. O principal grupo de oposição boicotou as eleições. 

O Djibuti é um país de contrastes. Por um lado, tem feito progresso considerável em desenvolver seu porto, economia e setor bancário, se tornando atrativo para negócios estrangeiros e investimentos militares. Por outro lado, é provável que o Djibuti continue enfrentando desafios como sério desemprego, uma severa falta de trabalhadores qualificados, secas crônicas, insegurança alimentar, altos custos de eletricidade e instituições governamentais subdesenvolvidas. Essa mistura de fatores já está levando a pobreza e tensão política.  

Há uma necessidade por políticas governamentais mais inclusivas, distribuição de renda mais equilibrada entre a população, infraestrutura de energia melhor e diminuição significativa da corrupção na elite dominante. No Djibuti, essas questões, vistas em muitas partes da África, estão ligadas a países que têm uma grande população jovem, que é principalmente afetada por uma alta taxa de desemprego. É esperado que as tendências descritas acima levem a ações repressivas contínuas, mantendo a sociedade djibutiana alinhada com os interesses da elite.  

Agora que a Etiópia está expandindo suas alternativas retomando seu relacionamento com a Eritreia desde meados de 2018, o Djibuti deve ter dificuldades financeiras já que o porto usado pela Etiópia até agora era a principal fonte de renda da economia djibutiana. Alguns comentaristas sugerem que isso poderia encorajar o Djibuti a reagir, desestabilizando a região. O papel do porto foi diminuído pela pandemia global da COVID-19. 

Por volta do primeiro século, o Djibuti fez parte do poderoso reino etíope de Askum, que incluía a atual Eritreia e até se estendia para partes do Mar Vermelho e partes no Sul da Arábia. Foi durante a era axumita, no século 4, que o cristianismo apareceu pela primeira vez na região. Conforme o império axumita gradualmente caía em declínio, uma nova influência se levantava e substituiria a religião cristã no Djibuti para sempre: o islamismo. Ele foi introduzido na região por volta do ano 825 por comerciantes do Sul da Arábia. 

As conexões históricas entre Etiópia e Djibuti levaram à contínua presença da Igreja Ortodoxa Etíope no país. Poderes europeus trouxeram o catolicismo romano e o cristianismo protestante para o país após a chegada dos franceses, que primeiro ganharam uma posição na região, em 1883, que foi nomeada como “Somalilândia Francesa”, em 1894. A Igreja Católica Romana enviou seu primeiro padre da Arábia para o Djibuti em 1883. Em 1940, a Igreja Reformada Francesa foi estabelecida. A Igreja Ortodoxa Etíope também estabeleceu congregações no país.  

O islamismo é a religião do Estado, mas a Constituição garante liberdade religiosa. Minorias religiosas não sunitas – incluindo cristãos — são às vezes tratadas de forma injusta. A população é 94% muçulmana sunita. O Ministério de Assuntos Islâmicos fiscaliza questões religiosas e tem autoridade direta sobre mesquitas e imãs, que são colaboradores do serviço civil desde 2013/2014. 

Aproximadamente 60 a 65% da população são da etnia somali da tribo issa. A maior parte do restante da população são descendentes de afar, junto com uma pequena minoria de franceses, iemenitas e etíopes, a maioria deles cidadãos estrangeiros. De acordo com Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, o Djibuti é um dos últimos países no ranking, com 0,524 pontos, se classificando em 166º lugar de 189 países. A expectativa de vida é de 67,1 anos.    

Dentro do contexto islâmico e patriarcal do Djibuti, mulheres e meninas tradicionalmente assumem papéis subordinados na família e sociedade, em que homens assumem posições de liderança na casa. Acredita-se que o abuso doméstico é geral, mas raramente é relatado publicamente. Pelo contrário, a violência na esfera doméstica é muitas vezes tratada dentro do contexto tradicional e familiar. 

Aproximadamente, 60 a 65% da população são éticos somalis da tribo issa

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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