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Em Gâmbia, o ambiente que já é desafiador para cristãos piora com o aumento da militância islâmica regional. Cristãos convertidos, principalmente de famílias muçulmanas ou animistas, enfrentam escrutínio da comunidade e da família, muitas vezes suportando abuso físico, ostracismo social e educação religiosa não cristã forçada.
Cristãos têm problemas burocráticos relacionados a questões como registro de igrejas. Somado a esse cenário carregado, está um medo palpável entre cristãos, afinal a região tem tendência ao extremismo. A consciência da radicalização em regiões vizinhas tem elevado o medo existente na comunidade e pode intensificar a hostilidade em níveis familiares, comunitários e governamentais.
Enquanto Gâmbia até agora permanece isolada das atividades jihadistas, no período de pesquisa da Lista Mundial da Perseguição 2024 (1 de outubro de 2023 a 30 de setembro de 2022), o país experimentou um aumento nos ataques a igrejas, com três incidentes registrados. Propriedades de cristãos também se tornaram alvo. Além disso, a comunidade cristã enfrentou várias formas de violência psicológica e física. Por isso, cristãos enfrentam cada vez mais um ambiente hostil.
PASTOR SEAL S. JAMMEH, EM CARTA AO GOVERNO DO PAÍS
Apesar de a Constituição gambiana garantir que mulheres estejam em igualdade jurídica com homens e têm direitos iguais, na prática, Gâmbia é uma sociedade patriarcal em que os homens são o chefe da casa e as mulheres e meninas são obrigadas a assumir um status subordinado. Em um país onde quase 90% da população é muçulmana, é desafiador para famílias cristãs viverem de acordo com os valores cristãos. Em um contexto de casamento infantil – em que 23,1% das meninas se casam antes dos 18 anos – e educação deficiente para mulheres e meninas, mulheres convertidas enfrentam vulnerabilidades adicionais com base na fé e no gênero. Meninas não escolarizadas tendem a se casar ainda mais jovens – 51% das mulheres iletradas foram dadas em casamento enquanto crianças.
A perseguição em Gâmbia para homens e meninos cristãos muitas vezes ocorre em forma de abuso verbal, psicológico e físico por sua fé. Convertidos estão mais em risco e podem enfrentar punições severas por traírem a religião de suas famílias muçulmanas ou animistas. Pastores e líderes de igreja também estão sujeitos a assédio, zombaria e ameaças de morte por causa da fé. Além disso, homens cristãos podem enfrentar discriminação no local de trabalho ou terem promoções negadas. Essas formas de perseguição impactam negativamente a família estendida, pois o homem é geralmente o provedor financeiro.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos em Gâmbia são: opressão islâmica, opressão do clã e corrupção e crime organizado.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos em Gâmbia são: líderes religiosos não cristãos, cidadãos e quadrilhas, parentes, líderes de grupos étnicos e redes criminosas e líderes de grupos étnicos.
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