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A situação dos cristãos piorou depois do golpe militar de julho de 2023, quando o general Abdourahamane Tiani, líder da União da Guarda Presidencial, declarou-se o novo líder do país. Já havia o receio de que isso deixaria o país mais exposto a ataques de grupos extremistas e o impacto continuou ao longo de 2024.
O grupo jihadista al-Sunnah wa Jama’ah (ASWJ) tem dificultado a vida para os cristãos no Níger. Nas áreas sob controle militar, as igrejas estão sujeitas a ataques. E os cristãos também são alvos de sequestro, o que limita a liberdade e a segurança dos seguidores de Jesus. Isso resulta em um aumento de ataques a propriedades cristãs, como igrejas, escolas e centros de saúde e cuidado.
Aqueles que deixam o islamismo para seguir a Jesus lidam com a pressão da família para renunciar à nova fé. A pressão também vem das autoridades e isso provavelmente deve aumentar em um futuro próximo.
O processo legal para registrar uma igreja é árduo e demorado e bloqueios legais têm sido utilizados para impedir os cristãos de se reunirem. Cristãos também podem enfrentar discriminação no setor público; eles dificilmente mantêm empregos dentro de serviços do governo local e promoções são negadas constantemente.
Elisabeth, cristã no Níger
Embora a lei oriente um tratamento igualitário entre mulheres e homens, o Níger é um dos três únicos países em que mulheres casadas precisam da permissão do marido para abrir uma conta no banco. Além disso, o país tem o maior índice de casamentos infantis no mundo. Nesse contexto, mulheres e meninas cristãs são vulneráveis. Cristãs de origem muçulmana podem enfrentar casamento forçado, abuso sexual, divórcio, perda da custódia dos filhos e perda de herança. Muitas meninas cristãs também podem enfrentar assédio sexual e discriminação por não usar o hijab (véu islâmico).
Assim como em outros países no Sahel, meninas e mulheres no Níger também são vulneráveis a sequestros, abuso e violência sexual por grupos extremistas. Nossas irmãs estão sujeitas a violência sexual e sedução por parte de homens não cristãos. O alto índice de pobreza do país, às vezes, é utilizado para atrair meninas para longe de suas famílias.
Visto que deixar o islamismo para seguir a Jesus é considerado uma traição por algumas famílias, os novos cristãos podem ser rejeitados, expulsos de casa ou colocados em prisão domiciliar.
Ataques orquestrados por grupos extremistas islâmicos forçam muito cristãos, especialmente pastores e líderes de igreja, a fugir. Eles conseguem refúgio em cidades relativamente seguras como a capital, Niamei, ou cruzando a fronteira de Burkina Faso.
O recrutamento forçado de crianças como soldados é uma questão comum no Níger, com meninos cristãos entre os capturados. Homens cristãos enfrentam perseguição no local de trabalho e pressão para renunciar à fé por parte de colegas mulçumanos, que usam de altas posições de poder e autoridade para constrangê-los. Como os homens e os meninos geralmente sustentem a casa, isso impacta a família inteira.
A Portas Abertas trabalha por meio de parceiros locais no Níger para fortalecer cristãos perseguidos por meio de distribuição de Bíblias, programas de desenvolvimento econômico, treinamento de liderança, preparação para a perseguição, bem como cuidados pastorais para os novos cristãos.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra os cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos no Níger são: opressão islâmica, corrupção e crime organizado, opressão do clã.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores de hostilidades, violentos ou não violentos, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos no Níger são: grupos religiosos violentos, líderes religiosos não cristãos, parentes, redes criminosas, oficiais do governo, cidadãos e quadrilhas, líderes de grupos étnicos.
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