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Tanzânia

TZ
Tanzânia
  • Tipo de Perseguição: Opressão islâmica, opressão do clã, paranoia ditatorial
  • Capital: Dar es Salaam
  • Região: Sul e Leste da África
  • Líder: Samia Suluhu Hassan
  • Governo: República presidencialista
  • Religião: Cristianismo, islamismo, religiões étnicas
  • Idioma: Suaíli, inglês, árabe e várias línguas locais
  • Pontuação: 63


POPULAÇÃO
64,9 MILHÕES


POPULAÇÃO CRISTÃ
36,8 MILHÕES

DOAR AGORA

R$

Como é a perseguição aos cristãos na Tanzânia?  

Todas as categorias de comunidades cristãs enfrentam perseguição em algum nível. Jihadistas de Moçambique e da Tanzânia oprimem os cristãos. Os cristãos de origem muçulmana são os mais afetados – muitos deles foram expulsos de casa na cidade de Zanzibar e na zona costeira.  

Radicais muçulmanos exigem que todos sigam o código de vestimenta islâmico e zombam e discriminam os cristãos que não seguem essas práticas. Foi observada a presença de bullying, assédios e alguns ataques com violência física no país.  

A comunidade islâmica radical tem influenciado direta e indiretamente as autoridades, especialmente no legislativo. Essa intervenção resulta na imposição de leis que afetam cristãos em todo o país. Exemplo disso é que símbolos cristãos, como a cruz, não são aceitos, e cultos e louvores cristãos são censurados.  

As atividades da igreja são monitoradas pelo Estado e os líderes cristãos temem criticar publicamente as injustiças sociais do governo por causa do risco de retaliações, como o fim do registro oficial das igrejas. 

 

Aqueles que pensam que nossas reuniões vão parar por conta desse incêndio estão muito enganados. A igreja ficava ao lado de uma grande árvore, e vamos nos reunir debaixo dela por enquanto.

SABAS KAFUBA, LÍDER DE IGREJA INCENDIADA EM 2016 NA TANZÂNIA

O que mudou este ano? 

O número de assassinatos, ataques a igrejas, prisões e sequestro dobraram na última pesquisa. As medidas radicais islâmicas adotadas pelas autoridades atingiram os cristãos em todo o país. O novo presidente eleito não fez mudanças significativas quanto à liberdade religiosa na Tanzânia.  

Quem persegue os cristãos na Tanzânia? 

O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos na Tanzânia são: opressão islâmica, opressão do clã, paranoia ditatorial. 

Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos na Tanzânia são: líderes religiosos não cristãos, cidadãos e quadrilhas, parentes, grupos religiosos violentos, líderes de grupos étnicos, oficiais do governo. 

Quem é mais vulnerável à perseguição na Tanzânia? 

Os cristãos de origem muçulmana, especialmente na cidade de Zanzibar e na área costeira da Tanzânia, são os que enfrentam mais dificuldade para praticar a fé em Jesus. 

Como as mulheres são perseguidas na Tanzânia? 

As mulheres cristãs da Tanzânia são hostilizadas tanto de maneiras discretas quanto com violência. Nos últimos anos, isso aconteceu por meio do bloqueio a recursos públicos da comunidade, como poços de água, pelo assédio verbal e também pela imposição do código de vestimenta islâmico. 

As mulheres também podem ser vítimas de ataques sexuais. Um especialista do país explicou que em algumas regiões, as viúvas são “obrigadas a ter relações sexuais com determinadas pessoas para serem purificadas do que chamam de ‘agouro da morte do marido’”. A maioria dos abusos sexuais acontecem na região de Kigoma e os responsáveis costumam ser o grupo conhecido como Teleza, que invade as casas durante a noite. Até mesmo idosas foram vítimas desse tipo de ataque. 

Muitas mulheres cristãs também são coagidas a realizar práticas contrárias à fé cristã, como mutilação genital, casamento poligâmico e casamento infantil. Com frequência, elas são enganadas por muçulmanos que fingem ser cristãos para tentar obrigá-las a abandonar a fé cristã. As mulheres cristãs que trabalham como domésticas são obrigadas a usar o “baibui”, um longo vestido preto. Caso desobedeçam, correm o risco de perder o emprego.  

As cristãs de origem muçulmana enfrentam maior perseguição. Elas são entregues em casamentos forçados, submetidas ao divórcio ou expulsas e isoladas de casa e da família quando se convertem. Em alguns casos, elas perdem o direito a herança e a guarda dos filhos. 

Jovens cristãs são trancadas em casa, sem poder sair, quando as famílias descobrem a conversão ao cristianismo. Elas com frequência perdem o acesso à escola e não conseguem contribuir financeiramente para o próprio sustento ou da família. 

A perseguição torna as mulheres desmoralizadas, traumatizadas e, consequentemente, limitadas para trabalhar com eficiência e usufruírem plenamente de direitos humanos básicos.  

Como os homens são perseguidos na Tanzânia? 

Os homens cristãos enfrentam discriminação e segregação no trabalho na Tanzânia, especialmente nas empresas dirigidas por muçulmanos radicais. Por causa da fé em Jesus, eles podem perder o salário e não recebem pelas horas extras que fazem. Além disso, eles são forçados a participar dos períodos de oração islâmica e visados como alvos de perseguição de muçulmanos extremistas que querem convertê-los ao islã.  

“Os homens são mais perseguidos no âmbito econômico. Eles são demitidos do trabalho, sofrem ataques físicos e têm o direito a herança negados”, afirma um especialista do país. Essa pressão no trabalho gera problemas econômicos a longo prazo tanto para os cristãos como para suas famílias, pois eles são os principais provedores do sustento do lar.  

Esses problemas atingem as igrejas também, que perdem a arrecadação necessária para a manutenção do templo e enfrentam a ausência dos homens no culto, pois, em muitos casos, eles trabalham por muitas horas e não conseguem participar das reuniões.  

Cristãos convertidos de outras religiões são afetados por fatores culturais e étnicos, particularmente se eles vieram de uma raiz tribal. Se um guerreiro da comunidade maasai se converte ao cristianismo, por exemplo, e deixa o cabelo com um penteado diferente do tradicional, é visto como traidor. Os líderes tribais têm o papel de preservar a cultura da comunidade. Por isso, qualquer ação, inclusive a mudança do cabelo, pode ser vista como uma traição.  Nesses casos, a punição envolve danos físicos com armas tradicionais, como lanças e flechas. 

Do mesmo modo, cristãos de origem muçulmana enfrentam agressividade e represálias. Muitos deles são obrigados a fugir ou enfrentam outros tipos de restrições na comunidade. Em 2022, um cristão foi ameaçado de morte por ir à igreja. Ele parou de ir aos cultos e descobriu que a ameaça veio da própria família que não aceitou que ele deixasse o islã. 

Como posso ajudar os cristãos perseguidos na Tanzânia?  

Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para os projetos da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos. Doando para esta campanha, sua ajuda vai para locais onde a necessidade é mais urgente. 

QUERO AJUDAR

Pedidos de oração da Tanzânia 

  • Interceda pela segurança dos cristãos ameaçados por grupos jihadistas na Tanzânia.  

  •  

    Peça a Deus que as autoridades e as leis da Tanzânia respeitem a liberdade religiosa do país.  

  •  

    Ore pelas mulheres cristãs vítimas de assédios verbais e abusos sexuais na Tanzânia, para que encontrem restauração e consolo em Jesus.  

Acredita-se que o território que conhecemos como Tanzânia foi um dos assentamentos mais antigos da humanidade. Porém, o primeiro contato com europeus aconteceu quando os portugueses chegaram na região no final do século 15.  

Os portugueses se estabeleceram com o objetivo de encontrar ouro e conquistaram os reinos de Quiloa e Zanzibar. Durante dois séculos de domínio, os exploradores lusos aliaram-se a várias tribos, a quem ofereciam apoio militar.   

De 1880 até 1919 houve uma colônia alemã no território chamada Tanganica. Mas ela se tornou uma posse britânica até 1961. Depois de conquistar a independência da Grã-Bretanha em 1961, Tanganica e Zanzibar se fundiram para formar a República Unida da Tanzânia em 1964.  

Em 1967, o presidente Julius Nyerere fez a Declaração de Arusha, revelando sua filosofia política de igualitarismo, socialismo e autoconfiança. A partir de 1965, as eleições presidenciais foram realizadas a cada cinco anos com um sistema de partido único. Em resposta à oposição e à pressão internacional, um sistema multipartidário foi introduzido em 1992. As eleições presidenciais e legislativas de outubro de 1995 em Zanzibar foram as primeiras a serem realizadas desde a restauração da democracia multipartidária. O partido no poder reivindicou a vitória e Benjamin Mkapa tornou-se presidente apesar das alegações de irregularidades na votação. Mkapa serviu por dois mandatos até ser substituído por Jakaya Kikwete em 2005. 

Em outubro de 2015, John Magufuli e seu partido no poder venceram as eleições presidenciais com 58% dos votos. Em Zanzibar, onde a vida dos cristãos é mais difícil, os resultados das eleições de 2015 para o parlamento da ilha e para a presidência foram anulados por irregularidades. 

Desde 2015, aconteceram muitas mudanças no cenário político, econômico, social e tecnológico. Também houve alterações nas práticas políticas e na lei que afetam direta ou indiretamente os cristãos e influenciam o nível de liberdade religiosa na Tanzânia. 

No entanto, o país não conseguiu realizar um referendo constitucional que estava marcado para abril de 2015, com os partidos da oposição e a Igreja Católica dizendo que fariam campanha contra o referendo. O projeto de Constituição prevê a aplicação de tribunais da sharia (conjunto de leis islâmicas) em todo o país. Anteriormente, os tribunais islâmicos estavam restritos a Zanzibar, uma ilha com 99% de muçulmanos. Os líderes da igreja acreditam que, se esse projeto for adotado em sua forma atual, terá um enorme impacto sobre os cristãos. 

Apesar das dificuldades causadas pela pandemia de COVID-19, a Tanzânia decidiu avançar com eleições marcadas para 28 de outubro de 2020. O presidente John Magufuli foi reeleito como candidato do partido governante Chama Cha Mapinduzi (CCM). Mas, o presidente morreu em março de 2021 aos 61 anos, após sofrer complicações cardíacas. Ele foi sucedido pelo vice-presidente, Samia Suluhu Hassan, empossado como o novo presidente em 19 de março de 2021. Hassan deve governar durante os cinco anos de mandato de Magafuli.



Os portugueses se estabeleceram com o objetivo de encontrar ouro e conquistaram os reinos de Quiloa e Zanzibar. Durante dois séculos de domínio, os exploradores lusos aliaram-se a várias tribos, a quem ofereciam apoio militar.   

De 1880 até 1919 houve uma colônia alemã no território chamada Tanganica. Mas ela se tornou uma posse britânica até 1961. Depois de conquistar a independência da Grã-Bretanha em 1961, Tanganica e Zanzibar se fundiram para formar a República Unida da Tanzânia em 1964.  

Em 1967, o presidente Julius Nyerere fez a Declaração de Arusha, revelando sua filosofia política de igualitarismo, socialismo e autoconfiança. A partir de 1965, as eleições presidenciais foram realizadas a cada cinco anos com um sistema de partido único. Em resposta à oposição e à pressão internacional, um sistema multipartidário foi introduzido em 1992. As eleições presidenciais e legislativas de outubro de 1995 em Zanzibar foram as primeiras a serem realizadas desde a restauração da democracia multipartidária. O partido no poder reivindicou a vitória e Benjamin Mkapa tornou-se presidente apesar das alegações de irregularidades na votação. Mkapa serviu por dois mandatos até ser substituído por Jakaya Kikwete em 2005. 

Em outubro de 2015, John Magufuli e seu partido no poder venceram as eleições presidenciais com 58% dos votos. Em Zanzibar, onde a vida dos cristãos é mais difícil, os resultados das eleições de 2015 para o parlamento da ilha e para a presidência foram anulados por irregularidades. 

Desde 2015, aconteceram muitas mudanças no cenário político, econômico, social e tecnológico. Também houve alterações nas práticas políticas e na lei que afetam direta ou indiretamente os cristãos e influenciam o nível de liberdade religiosa na Tanzânia. 

No entanto, o país não conseguiu realizar um referendo constitucional que estava marcado para abril de 2015, com os partidos da oposição e a Igreja Católica dizendo que fariam campanha contra o referendo. O projeto de Constituição prevê a aplicação de tribunais da sharia (conjunto de leis islâmicas) em todo o país. Anteriormente, os tribunais islâmicos estavam restritos a Zanzibar, uma ilha com 99% de muçulmanos. Os líderes da igreja acreditam que, se esse projeto for adotado em sua forma atual, terá um enorme impacto sobre os cristãos. 

Apesar das dificuldades causadas pela pandemia de COVID-19, a Tanzânia decidiu avançar com eleições marcadas para 28 de outubro de 2020. O presidente John Magufuli foi reeleito como candidato do partido governante Chama Cha Mapinduzi (CCM). Mas, o presidente morreu em março de 2021 aos 61 anos, após sofrer complicações cardíacas. Ele foi sucedido pelo vice-presidente, Samia Suluhu Hassan, empossado como o novo presidente em 19 de março de 2021. Hassan deve governar durante os cinco anos de mandato de Magafuli.  

A Tanzânia é uma nação majoritariamente cristã, com uma população cristã estimada em 56,9%, garantem as estimativas do World Christian Database 2021. No entanto, a demografia religiosa é muito diferente quando se compara a Tanzânia continental com a ilha de Zanzibar. 

Enquanto a maioria da população do continente é cristã, a maioria dos moradores de Zanzibar são adeptos do islã. Esse arquipélago de maioria muçulmana tornou-se uma região com desafios significativos para a população cristã nos últimos anos. Por exemplo, os cristãos não têm igualdade no acesso à justiça, pois enfrentam preconceitos nos tribunais. Além disso, foram punidos por cozinhar durante no mês do Ramadã. 

A população jovem em rápido crescimento é um desafio demográfico para o país. A urbanização crescente também pressiona o governo a atender às necessidades sociais, de saúde e emprego daqueles que vivem nas comunidades mais carentes.  

De acordo com o Banco Mundial, o índice de pobreza na linha de pobreza nacional diminuiu modestamente ao longo do tempo, caindo de 28,2% da população em 2012 para 26,1% em 2019. Mas o rápido crescimento populacional da Tanzânia fez com que o número de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza aumentasse constantemente.  

Em 2020, a desaceleração econômica induzida pela pandemia fez com que a taxa de pobreza aumentasse para cerca de 27,2%, agravando o efeito do crescimento populacional sobre o número absoluto de pessoas que vivem na pobreza. Não obstante, após duas décadas de crescimento sustentado, a Tanzânia atingiu um marco importante em julho de 2020, quando passou formalmente do status de país de baixa renda para país de renda média-baixa.

O cristianismo chegou originalmente à Tanzânia com os portugueses no início do século 16. No entanto, os católicos romanos portugueses não eram ativos na evangelização da população nativa e, portanto, a presença do cristianismo era superficial.  

Em 1844, dois protestantes alemães — Johann Krapf e Johan Rebmann — chegaram como missionários-exploradores representando a Sociedade Missionária da Igreja baseada na Grã-Bretanha. No entanto, houve pouco crescimento da igreja até 1860, quando os padres católicos romanos foram para Zanzibar, e em 1863, quando a sociedade missionária católica “Padres do Espírito Santo” foi estabelecida lá.  

A Tanzânia também foi território explorado por David Livingstone em nome da Sociedade Missionária de Londres no século 19. Após a ocupação oficial alemã de Tanganyika em 1885, várias sociedades missionárias luteranas floresceram. Em 1938, sete igrejas se uniram e formaram a Federação das Igrejas Luteranas de Tanganica. 

A Igreja Católica Romana, a Igreja Luterana e os Adventistas do Sétimo Dia são algumas das principais denominações cristãs na Tanzânia continental. Existem também diversos grupos cristãos pentecostais. 

Enquanto a maioria da população do continente é cristã, a maioria dos moradores de Zanzibar são adeptos do islã. Esse arquipélago de maioria muçulmana tornou-se uma região com desafios significativos para a população cristã nos últimos anos. Por exemplo, os cristãos não têm igualdade no acesso à justiça, pois enfrentam preconceitos nos tribunais. Além disso, foram punidos por cozinhar durante no mês do Ramadã. 

A população jovem em rápido crescimento é um desafio demográfico para o país. A urbanização crescente também pressiona o governo a atender às necessidades sociais, de saúde e emprego daqueles que vivem nas comunidades mais carentes.  

De acordo com o Banco Mundial, o índice de pobreza na linha de pobreza nacional diminuiu modestamente ao longo do tempo, caindo de 28,2% da população em 2012 para 26,1% em 2019. Mas o rápido crescimento populacional da Tanzânia fez com que o número de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza aumentasse constantemente.  

Em 2020, a desaceleração econômica induzida pela pandemia fez com que a taxa de pobreza aumentasse para cerca de 27,2%, agravando o efeito do crescimento populacional sobre o número absoluto de pessoas que vivem na pobreza. Não obstante, após duas décadas de crescimento sustentado, a Tanzânia atingiu um marco importante em julho de 2020, quando passou formalmente do status de país de baixa renda para país de renda média-baixa. 

Na Tanzânia, os cristãos ex-muçulmanos em Zanzibar são os mais afetados pela perseguição

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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