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Todas as categorias de comunidades cristãs enfrentam perseguição em algum nível. Jihadistas de Moçambique e da Tanzânia oprimem os cristãos. Os cristãos de origem muçulmana são os mais afetados – muitos deles foram expulsos de casa na cidade de Zanzibar e na zona costeira.
Radicais muçulmanos exigem que todos sigam o código de vestimenta islâmico e zombam e discriminam os cristãos que não seguem essas práticas. Foram observados casos de bullying, assédio e alguns ataques com violência física a cristãos no país.
A comunidade islâmica radical tem influenciado direta e indiretamente as autoridades, especialmente no legislativo. Essa intervenção resulta na imposição de leis que afetam cristãos em todo o país. Exemplo disso é que símbolos cristãos, como a cruz, não são aceitos, e cultos e louvores cristãos são censurados.
As atividades da igreja são monitoradas pelo Estado e os líderes cristãos temem criticar publicamente as injustiças sociais do governo por causa do risco de retaliações, como o fim do registro oficial das igrejas.
Mulheres cristãs na Tanzânia enfrentam hostilidade tanto por meios sutis quanto violentos. Nos últimos anos, isso incluiu acesso negado a recursos comunitários, como poços, pressão para se vestir de acordo com um código de vestimenta islâmico e agressão verbal.
A Tanzânia experimenta taxas significativamente altas de violência de gênero, impulsionadas por normas sociais, altas taxas de casamento, partos precoces e baixos níveis de independência econômica e educação das mulheres. Embora tenha havido crescente atenção à questão da violência às mulheres no país, pesquisas mostram que os esforços estão atrasados devido à falta de supervisão, fraca capacidade institucional e infraestrutura limitada.
As mulheres cristãs são frequentemente sujeitas à perseguição por meio de assédio e violência sexual. Por exemplo, um especialista do país explicou que em algumas regiões “mulheres cujos maridos faleceram são obrigadas a ter casos com outra pessoa designada, como meio do que chamam de ‘purificação’ de um presságio de morte de seu marido”. Mulheres cristãs podem ser coagidas a tais práticas contra suas crenças.
Mulheres que foram vítimas de violência sexual muitas vezes têm medo de falar, pois a comunidade as isola ou elas são submetidas ao estigma social, rotuladas como prostitutas. Em alguns casos, os homens podem ter como alvo mulheres solteiras, quase como se quisessem puni-las por não aderirem às normas da sociedade ao se casarem. No entanto, as casadas também estão sendo alvo, com mulheres de até 70 anos também sendo atacadas. Ataques direcionados de violência sexual, incluindo estupro coletivo são centrados em torno da necessidade de controlar as mulheres. Em alguns locais, isso afeta mais os cristãos.
Além disso, cristãs são às vezes visadas e enganadas por homens muçulmanos que fingem ser cristãos. Também há coerção para aceitar práticas culturais negativas, como mutilação genital feminina, uniões poligâmicas e casamentos infantis precoces entre os masai.
Empregadas domésticas cristãs que trabalham para muçulmanos são obrigadas a usar o “baibui” (longos vestidos pretos) enquanto trabalham ou correm o risco de perder seus empregos. Um especialista do país relatou que os negócios cristãos também são boicotados quando se percebe que os vendedores, especialmente mulheres, não estão vestidos de acordo com os regulamentos islâmicos.
Cristãs convertidas enfrentam a perseguição mais intensa, com possibilidade de casamento forçado, divórcio forçado, expulsão de suas casas e isolamento de suas famílias, e direitos de herança e custódia negados. Jovens convertidas em particular podem ser confinadas em casa com severas restrições em seus movimentos.
Devido a essa perseguição religiosa, mulheres cristãs da Tanzânia são frequentemente desmoralizadas, traumatizadas e, consequentemente, incapazes de trabalhar. Há relatos de que isso tem um impacto econômico negativo na igreja da Tanzânia, pois muitas mulheres não conseguem contribuir, em parte devido ao acesso limitado à educação.
Homens cristãos na Tanzânia enfrentam discriminação e segregação no local de trabalho, particularmente em empresas muçulmanas. Eles são forçados a orar durante os horários oficiais de oração islâmica e são comumente alvos de muçulmanos que desejam convertê-los.
Embora as mulheres também enfrentem perseguição no local de trabalho, como chefes de família, o impacto sobre os homens é maior. Esses desafios no trabalho baseados na fé colocam um fardo econômico de longo prazo sobre os homens cristãos, bem como sobre suas famílias, das quais são os principais provedores. A igreja tanzaniana em geral é ainda mais impactada, pois tem dificuldades econômicas. Ela também é enfraquecida em termos de frequência, pois muitos homens têm dificuldade em comparecer devido ao horário de trabalho.
Os cristãos de origem tribal são afetados por fatores culturais e étnicos. Se um guerreiro masai se converte ao cristianismo e muda seu cabelo do estilo tradicional, os líderes tribais consideram esse ato como uma forma de traição. A punição pode incluir danos físicos com lanças e flechas.
Da mesma forma, os cristãos de origem muçulmana enfrentam tratamento severo e represálias. Após a conversão, o apoio financeiro geralmente é retirado. Um convertido recentemente parou de frequentar a igreja por causa das ameaças de morte que estava recebendo da família, e ocasionalmente, a morte pode ser um risco para homens cristãos. Como resultado das ameaças, muitos convertidos são forçados a fugir.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.?
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos na Tanzânia são: opressão islâmica, opressão do clã, paranoia ditatorial.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos na Tanzânia são: líderes religiosos não cristãos, cidadãos e quadrilhas, parentes, grupos religiosos violentos, líderes de grupos étnicos e oficiais do governo.
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