Portas Abertas • 19 ago 2022
Ascensão do Talibã tornou extrema a pressão sobre os cristãos afegãos
No dia 19 de agosto de 1919, o Afeganistão conquistou independência do Reino Unido, após a Terceira Guerra Anglo-Afegã e com a assinatura do Tratado de Rawalpindi. A atual República Islâmica do Afeganistão é um estado localizado na Ásia Central e o país faz fronteira com Irã, Turcomenistão, Uzbequistão, Tajiquistão e China.
Em 1996, o Talibã assumiu o controle da capital Cabul e impôs a sharia – conjunto de leis islâmicas – até 2001, quando foi expulso do poder pela invasão militar liderada pelos EUA, após o atentado de 11 de setembro. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) assumiu a responsabilidade pela manutenção da segurança no país em 2002. Mas, com a retirada das tropas norte-americanas, a situação de 1996 voltou a acontecer.
No dia 15 de agosto de 2021, o Talibã assumiu o controle do país. Os jihadistas invadiram a capital Cabul, tomaram o poder do Palácio Presidencial e declararam fim à guerra de 20 anos. A crise político-social levou estrangeiros que moravam no país e moradores nativos a deixar o Afeganistão. O número de refugiados afegãos cresce diariamente, por causa das constantes violações dos direitos humanos.
Em 2021, às vésperas do Dia da Independência, na cidade de Jalalabad, afegãos realizaram uma manifestação pelo fato de o Talibã ter tirado a bandeira do país e colocado a sua própria. Os manifestantes foram combatidos com violência pelo Talibã, causando a morte de três pessoas e deixando 12 feridos, segundo agências internacionais de notícias.
Como é a perseguição aos cristãos no Afeganistão?
Oficialmente, não há cristãos no país de maioria muçulmana, exceto militares internacionais, diplomatas e trabalhadores de ONGs, ou seja, estrangeiros. Os cristãos de origem muçulmana nativos se escondem ao máximo. Existem pequenos e isolados grupos de seguidores de Cristo, mas não existe nenhuma igreja, seja de estrangeiros ou de nativos.
Com a tomada de poder pelo grupo extremista Talibã, a preocupação com o futuro dos cristãos no país aumenta. Já era difícil exercer a fé no país, por conta da perseguição extrema, que resultava em violência e morte; agora, a vulnerabilidade tende a aumentar. Os grupos extremistas, como o Talibã e o Estado Islâmico, são as maiores fontes de perseguição e hostilidades violentas contra os cristãos afegãos. Por isso, nossos irmãos e irmãs no país precisam das nossas orações.
Pedidos de oração
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