Violência extremista na África Subsaariana

Grupos jihadistas espalham violência na região resultando em deslocamento forçado, perseguição e desafios para os cristãos

Portas Abertas • 10 jun 2024


Muitos seguidores de Jesus são tratados como cidadãos de segunda classe e vivem marginalizados, sem condições mínimas de sobrevivência e direitos

Muitos seguidores de Jesus são tratados como cidadãos de segunda classe e vivem marginalizados, sem condições mínimas de sobrevivência e direitos

O índice de violência na África Subsaariana é o mais alto de todos os tempos. Esse aumento teve como gatilho a presença de grupos jihadistas ativos em um número cada vez maior de países. Grupos como Boko Haram, Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP, da sigla em inglês), Forças Democráticas Aliadas (ADF, da sigla em inglês) e Al-Shabaab espalham sua versão radical do islamismo por meio da violência. Existem também outros grupos radicais que contribuem para a atual violência, como extremistas entre o povo fulani, “bandidos” e gangues criminosas armadas. Há mais de 36 milhões de deslocados internos em todo o continente e as dez crises de deslocamento mais negligenciadas estão na África. O problema é enorme e o mundo não está fazendo o suficiente.      


Segundo o Índice de Terrorismo Global 2023, os quatro grupos terroristas responsáveis por mais mortes ao redor do mundo em 2022 foram Estado Islâmico e seus afiliados, seguido por Al-Shabaab, Exército de Libertação do Baluquistão (BLA, da sigla em inglês) e Jama’at Nasr al-Islam wal Muslimin (JNIM). Todos, exceto o BLA, são ativos na África Subsaariana. O
Estado Islâmico já possui alianças em todo o continente. Dessa forma, é cada vez mais difícil sobreviver, mesmo de forma básica.    


Durante o período de pesquisa da
Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2024, de 1 de outubro de 2022 a 30 de setembro de 2023, na África Subsaariana, por causa da fé:    

  • 1.815 cristãos foram violentados sexualmente ou sujeitos a casamentos forçados;      
  • 3.623 cristãos foram sequestrados (sendo 3.300 apenas na Nigéria);    
  • 4.602 cristãos foram mortos, alcançando 92% do total global (sendo nove em cada dez apenas na Nigéria);    
  • 12.880 casas ou propriedades de cristãos foram atacadas;   
  • 17.498 cristãos foram física ou psicologicamente abusados;     
  • 112.700 pessoas se tornaram deslocadas na região.  


Nos países de maioria islâmica, uma pessoa que deixa a fé dos antepassados para seguir a Jesus é pressionada e enfrenta violência de familiares, comunidade e autoridades do governo. Em algumas sociedades, os cristãos são respeitados desde que não compartilhem a fé com os muçulmanos ou pessoas que seguem o animismo. Ao mesmo tempo, muitos seguidores de Jesus são tratados como cidadãos de segunda classe e vivem marginalizados, sem condições mínimas de sobrevivência e direitos.
 


Seria um erro presumir que a situação é a mesma para todos. Ainda que outras pessoas sejam afetadas pela violência, os cristãos são sempre um alvo por causa de sua fé. Muitos grupos, como Boko Haram, ISWAP e Al-Shabaab, são explícitos no ódio aos cristãos, o que tem severas consequências para a igreja. Mesmo grupos que não declaram explicitamente seu desejo de eliminar a presença cristã fazem dos seguidores de Jesus um alvo em números desproporcionais.  
 


Apoie igrejas na África Subsaariana 


Sua doação permite que igrejas em Burkina Faso sejam capacitadas para auxiliar vítimas da perseguição violenta. Com esse suporte, as congregações podem oferecer ajuda material, apoio espiritual e cuidados pós-trauma. Lembre-se daqueles que sofrem e estenda a mão para aliviar o fardo dos que enfrentam violência e perseguição. 


Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

Facebook
Instagram
YouTube

© 2024 Todos os direitos reservados

Home
Lista mundial
Doe
Fale conosco