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Vilarejo cristão é atacado na Nigéria

Mais de 30 moradores foram mortos por radicais
Portas Abertas • 14 ago 2024
As autoridades não se mobilizaram diante de impunidade e violência (foto representativa)

Na quinta-feira (8), grupos armados atacaram o vilarejo de Ayati na área de governo local (LGA, da sigla em inglês) de Ukum. O ataque no estadode Benue, Nigéria, tirou a vida de ao menos 30 pessoas.

Matthew Aboh, comissário do Departamento de Informação do estado de Benue, disse que o incidente aconteceu durante a noite e que, além das 30 vítimas confirmadas, outros corpos estão sendo procurados pela equipe de emergência. O ataque gera ainda mais preocupação dados os protestos violentos pelos quais o país tem passado.

De acordo com a imprensa local, o ataque foi resultado da decisão do governo de deslocar pastores de cabra fulanis e seus gados para fora da terra dos moradores do vilarejo de Ayati. No processo de retirada, forças de segurança destruíram abrigos e pertences dos fulanis. Por isso, os pastores de cabra se uniram a radicais fulanis e se vingaram do vilarejo no ataque.

Impunidade e insegurança

Apesar de muitos alegarem que o incidente está relacionado à disputa territorial, parceiros locais da Portas Abertas confirmaram que a comunidade atacada era majoritariamente composta por cristãos. Dado o contexto regional, o conflito vai além de questões de propriedade e envolve perseguição religiosa.

“Sabemos que as causas da violência são complexas e multifacetadas. Apenas rotular os grupos como criminosos ou termos semelhantes não ajuda a esclarecer a situação. A linguagem ambígua dá a entender que os ataques são resultados aleatórios de criminalidade e que não se sabe quem são os agressores. Mas, na maioria dos casos, sabe-se que são ataques sistemáticos, direcionados contra cristãos, para tomar suas terras e plantações na Nigéria”, diz Jo Newhouse (pseudônimo), porta-voz da Portas Abertas na África Subsaariana.

A Portas Abertas também destaca que o ataque recente não foi um incidente isolado. A impunidade aos atentados nos estados de Benue e Plateau já tornou mais de 50 mil pessoas em deslocadas internas.

“Conclamamos o governo em todas as instâncias a dar um fim na impunidade em Benue e a investigar diligentemente a violência para trazer justiça aos envolvidos nos atos de brutalidade. A maioria da população afetada pela violência em Ayati era cristã e faz parte de um número ainda maior de deslocados internossob pobreza e muitos traumas”, acrescenta Jo Newhouse.

Pedido de oração

  • Interceda pelas famílias enlutadas das vítimas assassinadas.
  • Peça a Deus que mova o coração das autoridades que precisam enfrentar impunidade e insegurança na Nigéria.
  • Ore para que em meio à dor a fé dos cristãos perseguidos se mantenha firme em Cristo.