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Os perigos de ser cristão na Somália são extremos. A maioria dos cristãos são de origem muçulmana, o que os torna um alvo do grupo Al-Shabaab, um grupo extremista que deseja acabar com a presença cristã no país. Se descobertos, os seguidores de Jesus são mortos instantaneamente.
Para a conservadora sociedade somali, abandonar o islã é considerado uma traição à cultura e ao clã. Os convertidos enfrentam intensa pressão da família e da comunidade local, o que pode levar a assédio, intimidação e até morte. Até mesmo a suspeita de conversão pode resultar em morte.
Igrejas na Somália praticamente não existem, pois os grupos de extremistas islâmicos intensificaram a caça aos líderes cristãos. As tentativas de estabelecer ou reabrir igrejas encontraram forte resistência.
Ayesha (pseudônimo), cristã somali
A cultura somali é baseada em clãs e quase exclusivamente muçulmana, assim, as mulheres não têm direitos de escolher a fé ou ter opiniões diferentes dos demais membros da família. As que deixam o islã para seguir a Jesus são humilhadas em público, mantidas sob prisão domiciliar, agredidas, raptadas, casadas à força com um muçulmano ou mesmo mortas. Em 2023, uma cristã ficou trancada e amarrada à cama durante seis meses, até que outro seguidor de Jesus conseguiu socorrê-la.
Meninas costumam frequentar a escola por poucos anos e apenas 5% chegam ao Ensino Médio. Mesmo na escola, as cristãs podem ser pressionadas a frequentar aulas islâmicas e a vestir burcas. Quando o marido é preso ou morto, as mulheres cristãs são forçadas a se casar com homens muçulmanos, têm propriedade confiscada e os filhos pequenos serão responsabilidade da família do novo marido. Muitas viúvas cristãs são abusadas por parentes do esposo e têm as filhas pequenas casadas.
Um homem costuma se identificar primeiro como muçulmano e depois como somali e tem como missão liderar sua família e representar a fé islâmica. Logo, qualquer membro da família que decida por outra fé estará sujeito a espancamento, prisão, ameaça, tortura, sequestro e até morte. Os suspeitos de conversão terão sua lealdade testada ao serem pressionados a realizar tarefas religiosas como dirigir orações em mesquitas ou se casar com mais de uma mulher.
Espera-se que os meninos tenham e saibam usar armas, e muitos são sequestrados e doutrinados por grupos extremistas como o Al-Shabaab. As famílias também enviam seus jovens à força para centros de reabilitação islâmicos para serem treinados como jihadistas.
A Portas Abertas apoia os cristãos somalis em todo o Chifre da África por meio de treinamentos, como discipulado e preparação para enfrentar a perseguição extrema.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos na Somália são: opressão islâmica, opressão do clã, corrupção e crime organizado e paranoia ditatorial.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos na Somália são: líderes religiosos não cristãos, grupos religiosos violentos, cidadãos e quadrilhas, parentes, redes criminosas, oficiais do governo, partidos políticos, líderes de grupos étnicos.
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