Portas Abertas • 31 mai 2024
Uma facção dissidente do Boko Haram é a principal suspeita pelo atentado na Nigéria (foto representativa)
Na última sexta-feira (24), à noite, homens armados invadiram o vilarejo de Kuchi, no distrito de Munya, Nigéria. Acredita-se que eles fazem parte do grupo Ansaru, uma facção dissidente do Boko Haram. Os homens fizeram saques, assassinaram oito pessoas, destruíram propriedades e, no raiar do dia, partiram levando vítimas sequestradas.
Segundo o portal de notícias HumAngle, mais de 300 extremistas participaram do ataque e chegaram ao vilarejo em motocicletas. O representante do governo local, Aminu Na-Jume, confirmou que o grupo ficou por horas na região, usou uma lanchonete para se alimentar e depois da refeição começou os ataques. “Depois, invadiram lojas e levaram alimentos como suco de laranja, biscoitos e arroz”, disse o representante.
“Muitas pessoas se dispersaram. Elas estão em diferentes acampamentos para deslocados internos. Antes do ataque, nunca havia acontecido um incidente como esse no vilarejo”, acrescentou o representante do governo local. Contatos locais da Portas Abertas relataram que a maioria das vítimas raptadas eram cristãs, mas havia alguns muçulmanos entre elas, e compartilharam como é difícil definir o número exato e até mesmo os nomes dos sequestrados porque, durante os ataques, muitas pessoas fogem.
Foi notificado por muitos veículos de imprensa o total de 160 pessoas sequestradas nesse incidente. Muhammad Auwalu, um morador do vilarejo atacado, disse à imprensa que os terroristas foram de casa em casa em busca de pessoas para raptar e partiram com muitas vítimas, incluindo mulheres e crianças. Os ataques na região aumentaram e, por isso, muitos se tornaram deslocados.
“Estamos tristes pelo que aconteceu no último ataque na Nigéria. Muitos outros ataques do Boko Haram, ISWAP, Ansuro e extremistas em meio ao povo fulani continuam a atingir comunidades cristãs e vilarejos no Norte do país. Ainda assim, a comunidade internacional ignora tamanha crise de segurança. É devastador saber que esses ataques continuam imbatíveis e que milhares de pessoas são obrigadas a deixar suas casas e se tornar deslocadas internas”, disse o representante da Portas Abertas da África Subsaariana.
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