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A insurreição extremista islâmica que devastou o Norte do Mali em 2012 continua a ter implicações para o pequeno número de cristãos no país. Igrejas foram incendiadas, muitos cristãos perderam suas casas e precisaram fugir da região.
Embora alguns cristãos e congregações tenham regressado sob proteção policial, ainda vivem sob ameaças de ataques. As pessoas que vivem em áreas controladas por jihadistas não têm acesso a água e terra para cultivo. Já os seguidores de Jesus que se envolvem em atividades evangelísticas no Norte do país são vulneráveis a violência, enquanto os missionários cristãos vivem sob a constante ameaça de rapto por jihadistas. Aqueles que abandonam o islã para seguir a Jesus podem enfrentar pressão e violência por parte dos familiares e da comunidade.
A violência jihadista está se alastrando para a região sul, e as instituições estão enfraquecendo rapidamente, favorecendo ainda mais os grupos radicais. A incapacidade das autoridades para conter a insurgência levou a protestos públicos e contribuiu para dois golpes militares (em 2020 e 2021). O país também se tornou um campo de batalha geopolítica entre o Ocidente e o Oriente, tornando os cristãos vulneráveis a perseguição por parte do governo.
Adama (pseudônimo), pastor em Gao
Os ataques de extremistas islâmicos provocaram um aumento no número de sequestros e casamentos forçados de meninas cristãs com jihadistas. É uma tática comum usada para difundir o islã e espalhar medo entre as comunidades cristãs.
Apesar das leis nacionais protegerem mulheres e meninas, as práticas tradicionais e culturais muitas vezes as prejudicam, principalmente as que decidem seguir a Jesus. As cristãs costumam enfrentar assédio, abuso sexual, violência física, casamento forçado, perda da guarda dos filhos e até morte.
As meninas e mulheres cristãs que perderam seus pais e maridos podem ser forçadas a recorrer à prostituição para sobreviver, tornando-as vulneráveis ao tráfico humano.
Homens e rapazes cristãos estão expostos a ameaças de morte e violência física por parte de extremistas islâmicos. Os líderes religiosos são monitorados e enfrentam restrições rigorosas de circulação, especialmente em comunidades remotas.
Os ataques a casas e negócios de cristãos são realizados com objetivo de empobrecer famílias, deixando tanto homens como rapazes em risco de serem recrutados por grupos jihadistas, nos quais não conseguem escapar à conversão forçada ao islã.
A morte de cristãos enfraquece financeiramente as famílias e prejudica a saúde da igreja no Mali. Dentro de casa, os cristãos de origem muçulmana podem experimentar oposição da própria família pela sua nova fé em Cristo, inclusive divórcio forçado da esposa.
A Portas Abertas trabalha por meio de parceiros locais no Mali para fornecer treinamento de preparação para a perseguição, programas de discipulado e projetos de desenvolvimento econômico.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra os cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos no Mali são: opressão islâmica, corrupção e crime organizado, opressão do clã e paranoia ditatorial.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores de hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos no Mali são: líderes religiosos não cristãos, grupos religiosos violentos, redes criminosas, líderes de grupos étnicos, cidadãos e quadrilhas, parentes, oficiais do governo.
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