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Cristãos em Moçambique enfrentam diversos desafios que colocam em risco sua liberdade e bem-estar.
O crescimento do extremismo islâmico no Norte do país, principalmente em regiões como Cabo Delgado, teve um impacto devastador na vida dos cristãos. Igrejas foram incendiadas, pastores sequestrados e muitos mortos. O objetivo desses grupos é estabelecer um Estado islâmico, e cristãos são muitas vezes alvejados como símbolos de resistência a essa ideologia extremista.
Além disso, cristãos muitas vezes se encontram no meio do fogo cruzado de conflitos existentes entre forças do governo e grupos jihadistas, tornando-os ainda mais vulneráveis à violência e ao deslocamento.
Moçambique também se tornou um eixo principal para o tráfico de drogas, com a presença de cartéis que contribuem para um clima de ilegalidade e violência, que afeta indiretamente a comunidade cristã. Jovens que trabalham na igreja estão principalmente em risco, afinal são vistos como ameaça aos cartéis.
O governo também restringe a liberdade religiosa. Dentro da família e da sociedade, os cristãos podem enfrentar hostilidade, principalmente convertidos do islamismo.
Antonio e Paulo (pseudônimos), pastores que cuidam de pessoas em um campo de deslocados em Cabo Delgado
O aumento da ameaça do extremismo islâmico em Moçambique tem tornado meninas e mulheres cristãs muito vulneráveis a sequestro, violência sexual, casamento forçado e escravidão doméstica.
Moçambique tem uma das taxas mais elevadas de casamento infantil no mundo, com 53% das meninas casando-se antes dos 18 anos. Isso muitas vezes é abastecido pelo baixo nível de educação e oportunidades de emprego para meninas e mulheres. Pais cristãos sentem a pressão cultural para se conformar às normas culturais, forçando suas filhas a se casarem com muçulmanos, mesmo que isso tenha implicações para sua fé. Tais casamentos podem ser abusivos, gerando trauma para a vítima e sua família.
Cristãs convertidas do islamismo ou de religiões tradicionais africanas são vulneráveis à perseguição dentro da própria família. Isso pode incluir divórcio, casamento forçado, perda da custódia dos filhos e herança. Em regiões orientais de maioria muçulmana, meninas e mulheres cristãs são obrigadas a seguir o código de vestimenta islâmico em todas as escolas muçulmanas e áreas comuns.
O principal tipo de perseguição em Moçambique é a opressão islâmica, principalmente no Norte, onde meninos e homens cristãos são, principalmente, o alvo de militantes islâmicos. Isso inclui meninos sendo recrutados à força para a milícia.
Enquanto isso, líderes de igreja são sujeitos a assédio das autoridades por serem críticos ao governo e falarem contra a perseguição. Pastores também relataram que tiveram vistos de saída negados e foram presos por mais de três anos em campos de reeducação.
A Portas Abertas apoia cristãos perseguidos no Norte de Moçambique provendo ajuda emergencial, treinamento de preparação para a perseguição e projetos de desenvolvimento econômico.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra os cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos em Moçambique são: opressão islâmica, corrupção e crime organizado, paranoia ditatorial, opressão do clã.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores de hostilidades, violentos ou não violentos, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de fãs de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos em Moçambique são: grupos religiosos violentos, cidadãos e quadrilhas, parentes, líderes religiosos não cristãos, redes criminosas, oficiais do governo, líderes de grupos étnicos.
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