Portas Abertas • 03 abr 2023
Há mais de 200 milhões de cristãos na América Latina
A América Latina é o nome dado à região composta por 33 países da América Central e América do Sul. O território latinoamericano é extenso e diverso, conhecido tanto pelas praias paradisíacas do Caribe, quanto pela majestosa floresta Amazônica e o frio deserto do Atacama.
Além do turismo, a cultura latina (músicas, danças, culinária, etc.) é referência no mundo todo. Por outro lado, a região também é conhecida pelas instabilidades políticas, com governos autoritários ou frágeis, que não conseguem eliminar a desigualdade, o analfabetismo e outros problemas humanitários que assolam o continente.
Os 33 países que compõem a América Latina são: México, Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Costa Rica, Cuba, Dominica, El Salvador, Granada, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Panamá, República Dominicana, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Trinidad e Tobago na América Central. E Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai, Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname na América do Sul.
Sim, entre as 33 nações latinoamericanas, sete apresentam perseguição aos cristãos. Quatro delas (Colômbia, Cuba, México e Nicarágua) estão entre os 50 países mais perigosos para os cristãos da Lista Mundial da Perseguição 2023 (LMP), com nível de perseguição severa. As outras três (El Salvador, Honduras e Venezuela) têm perseguição alta e estão presentes na Lista de Países em Observação da Portas Abertas.
Três períodos marcam a história da América Latina: o período pré-colombiano, colonial e independência.
A pirâmide Chichén Itza é uma conhecida construção maia no México (foto: Wikimedia)
O período pré-colombiano é conhecido como a época em que grandes povos indígenas governavam territórios latinoamericanos, como os astecas, maias e incas. Muitas técnicas de agricultura, traços da língua, culinária e músicas típicas são heranças do passado indígena no continente, que foi apagado ou alterado com a chegada de colonizadores europeus no século 15.
O período colonial corresponde ao período em que europeus vieram colonizar o território latinoamericano. Os colonizadores portugueses dominaram o Brasil e os espanhóis, o restante da América Latina. As marcas do período colonial permanecem em muitas nações, a começar pela língua. No Brasil, usa-se o português e no restante da América Latina, o espanhol. Ainda existem línguas indígenas, mas muitas delas estão em risco de extinção.
A América Latina também ficou conhecida pela produção de cana-de-açúcar, café e algodão, entre outros grandes commodities, e pelo uso de trabalho escravo indígena e africano. Durante anos o continente esteve ligado à Europa, até que a partir do século 18 as nações se tornaram independentes. A primeira nação a se tornar independente foi o Haiti, em 1804, e o Brasil foi a última, alcançando a independência em 1822.
Produção de melaço de cana-de-açúcar na Colômbia
Após a independência, as relações político-econômicas tiveram algumas mudanças. Os Estados Unidos ganharam presença no lugar da Europa. Alguns países do continente latinoamericano passaram por uma industrialização e deixaram o status de subdesenvolvidos, como o Chile. Os países da América do Sul se uniram como bloco econômico formando o Mercosul.
A perseguição acontece principalmente em territórios fora da autoridade do Estado, geralmente no interior do país, sob as FARC na Colômbia, por exemplo. Nos centros urbanos, a perseguição não é tão explícita quanto no interior.
Entre os principais tipos de perseguição estão o crime organizado, como os cartéis de drogas e gangues no México que extorquem igrejas para que continuem funcionando e para não sequestrar os filhos de cristãos, por exemplo. Em outros países, existe a pressão de governos ou grupos políticos autoritários e violentos, como os guerrilheiros na Colômbia, a ditadura Ortega na Nicarágua e a ditadura cubana, que forçam o fechamento de igrejas e outras instituições sociais cristãs como escolas e orfanatos, além de causarem a prisão arbitrária de seguidores de Jesus.
O cristão David foi punido por evangelizar a comunidade indígena de que faz parte
Cristãos indígenas no México e Colômbia também são perseguidos pelas comunidades tradicionais que entendem a conversão como uma traição às tradições. Entre as punições que impõem há prisões, restrição de alimentos ou acesso à água, expulsão das comunidades e, em casos mais graves, assassinatos.
A Colômbia ocupa a posição mais alta, 22a, na LMP 2023. Em seguida vem Cuba, na 27a posição, México na 38a e Nicarágua em 50o lugar. Na Lista de Países em Observação, as posições são: Venezuela em 64o, Honduras em 67o e El Salvador em 73o.
A Portas Abertas oferece treinamento bíblico de líderes, para que as igrejas tenham líderes maduros que os ajudem a resistir em Cristo diante da perseguição. Além disso, também oferece abrigo e educação para crianças cristãs perseguidas, pois muitos jovens, especialmente filhos de pastores e líderes cristãos, são ameaçados de sequestro, de abuso sexual e até mesmo a morte.
Treinamento de pastores no México
Outros projetos são a distribuição de Bíblias e literatura cristã, bem como projetos de ajuda socioeconômica, especialmente para cristãos expulsos das comunidades que ficam sem recurso financeiro algum até encontrarem um emprego na cidade para onde se mudam. Também há programas de educação básica para pastores que não foram alfabetizados ou não concluíram a educação básica.
Na América Latina e em outras partes do mundo, mais de 360 milhões de cristãos são perseguidos por causa do nome de Jesus. Os projetos da Portas Abertas de entrega de alimentos, água, Bíblia e treinamento bíblico só são possíveis por meio da generosidade dos nossos parceiros. Faça parte dessa causa!
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